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Wednesday, October 19, 2011

Capitulo um (Uma previa do meu livro)




1. Apresentação e Escola

“Dizem que sou louca, mas loucura sempre esta ao lado da razão.”

Eu sou Ashek Yudin Razi e moro em Tacoma cidade de Washington há cinco anos
e na próxima semana me mudo para Olympia na mesma cidade. Tenho receio da
minha nova escola, afinal de contas eu a conheço desde que eu nasci;
praticamente, Sempre ouvi falar do Ginásio Publico ou simplesmente GP para
os íntimos, Um lugar onde a nacionalidade e a disciplina eram os lemas. O GP
é um grupo de instituições onde se encontra a escola CIE, Centro Integrado
de Educação, a minha nova escola. Mas nesse momento eu não queria pensar em
nada a respeito da escola, e sim de onde eu estava. No meu lugar preferido
sentada debaixo de uma pequena árvore no meio da mata, com meu melhor amigo
do lado; um lobo preto de olhos vermelhos, eu o chamo de Alecto. Aqui posso
refletir e me acalmar quando estou furiosa e o Alecto me ajuda muito com sua
forma de me compreender e responder aos meus prantos.
-Se lembra o dia eu que nos conhecemos, Alecto?-Perguntei á ele, olhando-o
nos olhos e puxando-o de algum pensamento não verbalizado.
Ele balançou a cabeça de cima a baixo afirmando a minha pergunta, algo que
eu me acostumei, ao seu modo incomum de se comunicar comigo.
Olhei para o céu que começava a nublar me recordando do dia em que o
conheci...
‘Correndo de uma crise de histérica com meus pais, fui para o único lugar
que me é proibido: A floresta. Chorando mares de lágrimas me sentei debaixo
da única árvore na qual se dava para ver a rua asfaltada que percorria a
fazenda onde morava. De repente algo grande e peludo me toca o rosto e
assustada me levanto correndo olhando para trás, e quando percebo o que me
esta a frente ponho-me a andar para trás devagar tentando correr do perigo,
porém o e lobo incomum de olhos vermelhos atraiu a minha curiosidade e me
aproximei dele tocando-o no focinho e ele alegre pós a se sentar aos meus
pés agitando a terra. Ele mal nenhum me fez naquele dia. Ficamos horas
sentados acariciando um ao outro. Quando me dei conta de que estava
escurecendo e estava na hora de voltar para casa, senti o pânico em
abandonar aquele animal, e se ele me machucasse ao tentar me afastar? Mas
como se ele estivesse vendo o medo em meus olhos se levantou e voltou para
dentro da mata. Sai correndo alegre por ter encontrado, talvez um amigo;
afinal eu me familiarizava com os animais. No dia seguinte voltando da
escola fui até a floresta, no intuito de encontrá-lo, e levando comigo
comida; como um modo de segurança. Chegando lá para a minha decepção ele não
estava e demorou muito até ele aparecer, ofereci o pão que havia trazido ele
rejeitou apoiando-se no meu colo depois eu sem querer soltei a seguinte
frase:
-Você poderia entender o que eu sinto se soubesse responder. - ele levantou
a cabeça e me olhou nos olhos de um modo acusatório o que me levou que nem
idiota a perguntar.
-Você me entende?-Ele sacudiu a cabeça confirmando-Compreende tudo que eu
falo?- novamente ele afirmou.
Eu pulei de alegria meus desejos se realizando, alguém que me entende. Mas
na verdade tinha uma grande decepção por ser um animal, estranho e que me
causava medo.
-Você tem nome?-O perguntei dessa vez fez negativamente, então conclui que
ele precisava de um nome passamos o resto da tarde e durante uma semana
procurando um nome que ele aprovasse, até achar Alecto. ’
E voltando a minha realidade, perguntei a ele:
-Alecto era para eu ter medo do dia de amanhã?
Sim ele fez.
-Não sei o que esperar com minha mudança, ir para outra cidade. E você?
Ele tinha um olhar decepcionado.
-O que você queria que eu dissesse? Vamos nos separar.
Ele continuou a sustentar aquele olhar.
-Deixa pra lá. – Anunciei por fim.
Despedi-me dele e fui para casa enfrentar a minha mãe. A senhora Liliana
Yudin Razi, com seus vinte e oito anos, serena e carinhosa, mas muito
autoritária com as suas coisas.
Chegando a casa ela foi logo dizendo o quanto eu sou irresponsável e
selvagem, coisas que eu não vou precisar. A minha mãe é um a pessoa
maravilhosa, isso quando ela me ouve e quando repara em mim, em geral ela só
se preocupa consigo mesma deixando a sua única filha de lado. Após o
discurso dela fui me afastando indo em direção ao meu quarto, porém ela me
barrou.
- Para onde a senhorita está indo? Eu ainda não acabei. - Ela disse com um
tom preocupado e alterado.
- Vou para o meu quarto tenho que arrumar minha roupa para a festa de
encerramento das aulas – Respondi, mas na verdade eu já sabia com o que eu
ia; qualquer roupa que eu vise pendurada no guarda-roupa à primeira vista
quando o abrisse. Ou seja, nada; meu guarda roupas está revirando de
bagunça.
- Espere, venha cá, tenho uma notícia muito importante para lhe dizer. – Ela
disse me puxando pelo pulso e nós sentando no sofá.
- O que é mamãe?
- Estou grávida, teremos um bebê, e você um irmão ou irmã.
- Nossa! Um bebê, eu... Parabéns mamãe.
- Fico feliz que você não crie caso e se sinta contente com isso, meu anjo.
Ficamos sentadas conversando sobre o bebê e tudo que ele poderia ser. Até
que ela me dá a noticia que me preocupava.
- Bem, como vamos ter um bebê seu pai acha melhor ficarmos aqui por mais um
tempo. E você como terminou os seus estudos do primário vai precisar ir para
a casa de seus tios, assim terá mais oportunidades de se formar.
Independente do que acontecesse naquela família eu teria que ir embora, me
afastando dela fui para o meu quarto amanhã após a minha primeira formatura
eu teria que ir morar com os meus tios de qualquer jeito. E o que mais me
doía era não poder ir ver Alecto, meu melhor amigo.
Meus tios Ivan Scott Razi, Jenny Campbell Razi e a minha prima Eliana
Campbell Razi eram pessoas maravilhosas eu sempre os visitava durante as
minhas férias, mas morar com eles durante um tempo era uma escolha difícil.
...
Talvez o mais difícil de uma despedida seja o momento de olhar nos olhos e
dizer: Adeus. Porém na manhã em que fui me despedir do melhor ser da face da
terra, tive uma das minhas primeiras decepções. Ele não estava lá, nem ao
menos veio me ver.
Eu realmente vou sentir falta disso, de suas palavras mal ditas, mas com
todo o significado.
Muitas lembranças me assaltaram agora com a ausência dele como, nos
primeiros dias eram dias tensos porque meus pais odiavam quando eu sumia,
por causa da mata que ficava perto de casa já que morávamos em uma fazenda.
“Eu estava sentada em uma das grandes pedras quando um animal chegou por
traz de mim. Eu pude sentir seu bufo em meu pescoço. Fiquei tão quieta e tão
apavorada que não percebi que era o mesmo lobo do outro dia. Ele
contornou-me e sentou-se ao meu lado contemplando comigo os carros que
passeavam na rodovia.
- Olá! – Disse ao animal.
Ele como reconhecimento deu um bufado.
“Eu comecei a ri.”

E assim foram ótimos dias, quando eu estava triste sabia quem me consolava
apesar de que ele não dizia uma só palavra, ele era um amigo que escutava e
consolava.
                                                                           
                        *...***
A minha viajem foi tranqüila, o desespero veio depois.
Ano após ano.

Minha semana antes do primeiro dia foi inquisitória tinha tantas perguntas,
que minha prima ficou maluca, a espera das aulas. Meu uniforme aqui era
diferente do que eu usava tudo nessa nova escola seria novo. Meus horários
deveriam ser de acordo com a minha turma, não o ano; já que éramos do quinto
ano do primeiro SET, estranho para uma escola, mas quem fazia as
interrogações não eram os alunos. Meus pais vieram me desejar boa sorte não
minha mãe apenas me telefonou para dizer se comporte.
O dia chegou complicados meus tios nós deixamos na escola minha prima me
largou a boca dos leões e eu fui sozinha procurar a minha turma, parou para
pedir informações a uma menina de cabelos longos e bem encaracolados cor de
mel, olhos escuros, baixa com um caderno na mão e uma pequena bolsa nas
costas, ela olhou para mim confiante como se já conhecesse aquele lugar. Bem
eu também conheci, mas, tudo ao meu redor me deixava com ar de primeira vez
ali. Aproximei-me dela perguntando:
- Oi eu sou Ashek, Você poderia me ajudar? Estou procurando a minha turma,
mas não consigo encontrar?
- Oi, sim eu te ajudo! De qual turma você é?
- Hum... –Tive que olhar meu horário, não me lembrava de nada. - Da turma
501!- disse e ela sorriu.
- Você é da minha turma! Alias meu nome é Gabe. Prazer?!?
- O prazer é meu!- Sorri para ela.
Nós conhecemos melhor e nós tornamos colega e no futuro muito amigas. Gabe
moravam oito ruas da minha casa no sétimo quarteirão. Ela morava com os pais
e com um irmão e uma irmã, mas velha, seu pai era pescador e sua mãe
trabalhava em uma escola local onde seu irmão menor estudava.
Na mesma semana, três dias depois do inicio das aulas, conheci Pamela
Viotti. Uma menina alta de cabelos curtos e pretos olhos claros meio morena.
Ela morava com a mãe a irmã menor e o padrasto. Residia perto da escola, o
que dificultava sua aproximação com a turma descolada, mas ela se tornou
membro de um grupo; o meu grupo. Ela é muito simpática, alegre e muito
companheira.
 Criamos esse trio inseparável, amigas para sempre.
Íamos sempre a paria, compras nas lojas, cinema shows na praia ao vivo,
sarau, lual, muitos piqueniques nos fundos da escola, ou até mesmo na frente
para que todos vissem.
 E o ano terminou.
*                               ...***
O 2° ano começou, estou na turma 201 do sexto ano, do segundo setor ou
pavimento do CIE. Uma adição a trio veio em boa hora, seu nome Acácia, Baixa
como Gabe cabelos médios castanhos olhos mel escuro, pele morena. Sua
audácia e ousadia nós colocaram em encrecas muitas vezes ignoradas por
sermos ‘crianças’.
Certa vez Acácia roubou de um menino dentro de um ônibus um saquinho de
amendoim, o que nós fez passar muita vergonha, já que ela se postou atrás de
mim e de Gabe. Foi uma humilhação. Em outra brincávamos de pique-se-esconde
ou pique-alto dentro do ônibus, noutra vez o cobrador se juntou a
brincadeira e interagiu conosco, virando criança. O ano se prosseguiu com
essas brincadeiras malucas. Pamela tinha uns pequenos problemas seus pais
moravam perto da escola o que não facilitava sua visita às brincadeiras dos
ônibus com a gente. Já nós, a nerd, a maluca e a certinha. Éramos um trio
esquisito sem Pamela no meio.
                                                                            
                         *  **...***
 O 3º ano já havia começado e Acácia teve que ser retirada da escola, seus
pais estava se mudando. Uma tristeza ficou pairando no ar, mas a saída dela
não foi todos os motivos teve um algo, mas um fato estranho foi quando eu
comecei a conhecer a minha escola. Gabe em um culto da sua igreja
relatou-nos de um testemunho de uma menina sobre um acidente que ocorreu com
ela. E duas semanas depois estávamos conhecendo essa garota. Ela se
aproximou de nós como se já sabia o que queríamos e olhando diretamente para
mim se apresentou:
- Oi eu me chamo Sheron, prazer conhecê-las meninas.
- Oi eu sou Pamela. – Pamela disse com um sorriso no rosto e vendo que eu
não iria me apresentar, pois ao ato – Essa é Ashek. 
Sorri para ela, mas não gostei do que vi em seu rosto.

A semana foi muito difícil ainda, mas para mim, com os problemas da minha
família, minha tia Lygia estava enfrentando muitas complicações com sue bebê
e eu não conhecia a irmã que estava em casa. Bem eu tinha uma família, mas
não morava com meus pais. Mas o pior só estava começando...

Uma menina de pele morena e com cabelos enrolados a fio finos e curtos de
cor negros, se chamava Veronika ela também fazia parte da minha turma. Uma
confusão foi armada por ela e Sheron não quis deixar passar a afronta. Pois
a par da situação e se envolveu demais em uma briga muito feia, levando
consigo todo o bando junto. E assim foram expulsas da escola as duas, Sheron
anunciou antes de saí-la da escola que estava grávida, foi o auge das
complicações e afrontas, porém ela antes me levou por um caminho único.
Eu estudo no CIE. Ele é dividido em cinco departamentos ou andares; a cada
andar é considerado um ano para o complemento estudantil, os cinco andares
são classificados em A, B, C, D e E. No primeiro pavimento se encontra o
pátio; a quadra; o refeitório e as duas bibliotecas. No segundo pavimento se
encontra os alunos novatos, onde chamamos de ensino primário. No terceiro se
encontra os alunos do ensino fundamental; que possuem um convívio maior com
as regras instituídas pelos responsáveis de cada andar junto com seus
professores. E a cada pavimento possui seu representante e
vice-representante, um inspetor, e cada classe um instrutor ou monitor que
fazem cumprir as regras e as leis da escola; De que adiantaria ter normas
sem ter alguém para aplicá-las aos estudantes. No quarto andar se encontra
os alunos do ensino médio, estudantes que se preparam para a faculdade. No
quinto e ultimo andar encontra-se alunos especiais; diferente dos humanos
dos outros pavimentos acreditava que eles possuíam algum tipo de deficiência
especial, e que tinham também o seu lugar na escola. Eu estudo aqui há cinco
anos desde que me mudei e vim morar com os meus tios.
Nesse exato momento eu estou voltando da minha ultima aula, é quinta feira e
estamos indo para os dormitórios. No CIE os alunos permanecem o primeiro
semestre em casa, mas a partir do segundo semestre eles são obrigados a
ficar na escola. Rachelle Odilla e Pámela Viotti são as minhas companheiras
de dormitório até que eu encontre um só para mim e minhas melhores amigas.
Estávamos discutindo sobre a nova integrante do nosso dormitório que
chegaria à próxima segunda-feira. Estavam todos muito agitados os que não
eram normais, mas, além disso, eu tinha as provas daquele semestre pela
frente e estava sem tempo, já na sexta-feira; no dia seguinte eu iria
visitar meus pais o que fazia quatro anos que eu não os via.
- Meninas, com sua licença; vou para o quarto estou muito cansada. – Me
retirei e fui em direção ao meu dormitório o mais rápido possível.
Desabei na minha cama, de tão cansada, mas minhas lembranças me atormentam.
Voltar a um lugar onde minha vida ficou. Ao sair de lá deixei para trás tudo
que me fizesse feliz, uma vida alegre e cheia de amor e carinho. Pergunto-me
será que serei bem recebida? Por que os meus pais não me visitaram todos
esses anos? Por que eu é que tenho que ir vê-los? Tudo está como eu deixei?
E o bebê? E Alecto? Ele ainda viveu lá? Estará lá ele, quando eu chegar?
Perguntas e não saem da minha cabeça há anos.
Assustei-me com um barulho na porta, quando levantei a cabeça pude ver a
senhora Megan Tucket.
- Posso entrar minha querida?- Perguntou ela com aquela voz pavorosa de
mulher velha que aparenta sem nova, apesar de parecer nova; a Megan tinha um
cabelo preto ate os ombros enrolados olhos claros e estatura bem baixa era
de uma simpatia pura, quando não estávamos em horário escolar.
- Entre senhora Tucket.
- Minhas desculpas Ashek, mas venho trazer os pertences da senhorita Wilder.
- Ah sim!
A nova aluna. Callic Wilder.
A senhora Tucket se retirou após por todas as coisas da menina no quarto me
desejou boa noite e se retirou. Logo as meninas chegaram fazendo um
‘silencio’ ao avistarem a bagunça na cama nova.
Não pude dormi bem, e quando o primeiro sinal tocou, eu ainda estava no
quarto.
- Nossa, eu estou muito atrasada. Não vou tomar café.
Sai correndo para a minha primeira aula e sem querer me esbarrei em alguém,
com um solavanco fui caindo de costa quando a pessoa me segurou.
- Vai com calma! – Disse aquela voz masculina. Reconheci de imediato
- Desculpe professor Gwyneth. – Meu professor de matemática cuja primeira
aula seria dele.
- Aonde vai com tanta pressa, se é que pode me responder?
- Estou indo para a aula, o que seria a sua.
- Rsrsrsrsrrs. – Ele começou a rir – Hoje não haverá aula, Ashek.
- Não!
- Não, você não prestou atenção no que a senhora Struder disse no anuncio do
café da manhã?
- Infelizmente acordei muito atrasada e não pude comparecer ao refeitório
hoje de manhã.
- Tudo bem, vá logo pelo que sei você terá um longo dia hoje.
- Hã, obrigada professor tenha um bom fim de semana até segunda. - E me
retirei para fazer a minha mala de viajem. Ótimo sai cedo e terei tempo.
Coisa que eu não queria.
*            ...***
A viajem de volta foi um pouco cansativa, talvez por todo o estresse passado
lá. Meus pais nunca vão me ver de outra maneira que não seja a de menina
irresponsável, como se eu não fosse capaz de tomar minhas próprias decisões.
Uma tristeza de volta eu carrego, o abandono dos meus pais é um fato já
superado; agora não telo visto me causou uma impaciência imensurável. O que
será que aconteceu? Perguntei ao meu pai, mas o senhor Barrett Scott Razi é
um homem forte com a fisionomia de uma pessoa que já pegou muito sol, ele é
um homem determinado, egocêntrico e muito calculista, meu pai é um homem
admirável. Já a minha mãe possui uma aparecia de uma mulher bem mais nova do
que aparente realmente a idade, ela também é uma mulher guerreira e
batalhadora, sempre consegue o que quer por persistência e teimosia do que
deseja. Ela é amável e carinhosa a sua maneira e sempre esta disposta a
ajudar as pessoas.
Cheguei ao inicio da escada para o meu dormitório na escola e de longe se
pode ouvir o falatório, alguém questionava as atitudes de outra pessoa.
Talvez fosse Are um menino gordo e rebelde irmão de Gabe uma das meninas da
minha classe, mas para minha surpresa eu não conhecia a pessoa, era uma
menina um pouco forte de estatura mediana cabelos claros, meio avermelhados
de sol nas pontas com olhos escuros, muito escuros para o normal dessa
escola, em geral os alunos tem olhos claros; muito claros, e ela, no
entanto, desafiava a mulher a lhe bater como se bate em um animal travesso.
Ao perceberem que não está sozinhas, a menina abaixa a cabeça e quando
retorna a levantá-la seus olhos estão claros, estranho. A mulher veio até
mim com um olhar provocante, talvez esperando que eu me rendesse ao seu
olhar dominador.
- Olá minha jovem! Você estuda neste departamento?
Perguntou-me ela com desdém.
- Sim, senhora.
Curto e grosso, ela ficou me encarando como se esperas uma reação de mim,
mas o que eu fiz fio simplesmente perguntar;
- A senhora deseja mais alguma coisa?
- Não minha querida, mas deixe-me apresentar minha filha e eu.
Disse indicando a menina ao lado e puxando-a como se fosse um gato
assustado.
- Essa é Callic Wilder e eu sou Anna Wilder. E a senhorita seria?
- Meu nome é Ashek... Ashek Yudin Razi. -Ao apresentar meu nome a senhora
Wilder fez um gesto simbolizando reconhecimento pela minha família, quem
quer que seja essa mulher ela conhecia minha geração. Como cordialidade
retribui, perguntando.
- De onde a senhora nos conhece?
- Ao que acabo de comprovar você provavelmente é filha de Barrett Scott Razi
e de Eliana Yudin Razi, ou seja, neta de Malaine Albrook.
- Como sabe tanto sobre mim? Se acabarmos de nos conhecer? Espero...
- Sua família comprou a propriedade de minha família alguns anos atrás.
- Há.
-Então minha pequena como vai a sua avó?
-Muito bem senhora, forte que nem um cavalo e astuta que nem uma águia.
Disse rindo e ela me acompanhou, até.
- Ashek, você poderia ajudar a minha filha a se estabelecer, por favor?
- Sim com todo prazer ela será uma das minhas companheiras de quarto.
A reação dela foi estranha ela se assustou com a noticia.
Ela se retirou sem se despedir da filha, apenas a olhando com repreensão.
- Bem, espero que você possa se adaptar aqui e que possamos ser amigas.
Porém a garota era uma chata, arrogante e muito pretensiosa, me olhava como
se eu fosse à causadora de qualquer desgraça que aconteça com ela, não
conversa com ninguém e o seu jeito esnobe estava me deixando irritada. Mas
como a minha mãe me ensinou boas maneiras e nada fiz contra isso.
Aproveitando que neste inicio de semestre os alunos foram obrigados a
participar de esportes interativos, palestras, verem filmes, outros planos
educacionais da escola. E que eu havia acabado de conhecer umas pessoas
muito legais, decidir por a prova essa novata, mas com ajuda dos meninos, é
claro.
O que eu chamo de ‘os meninos’ é um grupo de alunos de uma classe superior e
que gostam de se divertir bastante, esse grupo é composto por; Hassan,
Talles, Ender, Collin, Louis, Lautener, Nebiros, Crowley, Aaron e por Lucian
e é de uma classe acima deles.
Pensando no que fazer com a novata acabou me recordando do dia em que os
conheci.
‘Louis me encontrou agitada no refeitório querendo uma opinião sobre
Nebiros. Disse-lhe para me apresentar a ele, assim saberia lhe dizer com
mais clareza o que deveria fazer com relação a toda agitação. Ao que parecia
ela havia lhe convidado para o baile no final do ano, e ela estava
estonteante com o convite que pediu licença e veio correndo até mim. Saindo
do refeitório um dia depois ela me levou até onde ‘Os meninos’ estavam e me
apresentou a eles. Todos cavalheiros e gentis. Exceto pelo tal Nebiros que
foi totalmente indiferente a minha presença, e logo que se apresentou se
retirou alegando uma atividade ainda não acabada. ’

Voltando a realidade fui pega por Lautener rindo.
-O que é de tão engraçado na palestra desaforada do senhor Vassali?
- Nada, meu amigo nada. Eu estava viajando um pouco ao passado.
- Pode compartilhar estou entediado com certo discurso de ‘mulherzinha’.
Rindo ainda mais.
- Sim, eu me recordava do dia em que os conheci.
-Ah, é foi um dia memorável, você tentando conhecer o garoto que tinha
acabado de convidar sua amiga para o baile e você querendo ir com ele.
-Disse ele rindo.
-Espero um pouco, eu não estava querendo ir a baile nenhum com o Nebiros. –
Disse um pouco alterada.
- Não! Então por que você não foi ao baile? – Perguntou Lautener.
Eu não ia exatamente a baile nenhum desde que cheguei aqui porque primeiro
eu era uma péssima dançarina e segundo ninguém me convidava. E terceiro me
lembrava a minha mãe.
E eu não ia admitir isso a ele
- Bem, eu não vou a baile nenhum aqui, desde que cheguei.
- Por que não?
Decidir dizer apenas ‘meia verdade’.
- Porque me faz lembrar a minha mãe. Ela foi uma grande dançarina e depois
que perdeu o primeiro bebê ela nunca mais dançou nem por brincadeira. –
disse um pouco triste pela lembrança.
- Me desculpe se isso lhe entristece.
- Não está tudo bem, mas deixando bem claro que eu NÃO ESTAVA interessada em
Nebiros, onde já se viu.
- Ta bom! Mas se lembra exatamente o que ele fez naquele dia?
- Sim como não ele foi estranho, ágil estranhamente.
- Sim, sabe o por quê?
 -Não.
- Porque o seu nome é reconhecido aqui, mas não fazíamos idéia que um dia
alguém de sua família fosse vir estudar aqui, justamente aqui... - O diretor
Vassali nos interrompeu. E ele não pode voltar ao assunto e nem voltou.
No final da palestra decidimos o que fazer. E Crowley que iniciou a
brincadeira.
- Será que o filhote sanhaço poderia tirar a juba da frente estou tentando
ver o diretor.
Disse para a menina nova, Callic.
No dia seguinte estávamos vendo um filme na sala de vídeo e eu aprontei.
Crowley me pediu o chiclete que mastigava e colocou na cadeira dela. Ela
sentou. Durante o filme ficamos dizendo.
- Licença Haru!
- Poderia amarrar o cabelo? Esta atrapalhando...
Entre outros deboches dela, até que ela se afastou totalmente da turma.
As aulas normais finalmente começaram e eu me cansei daqueles jogos idiotas
com a novata. Além do mais meu aniversário seria dali a dois meses e eu não
fazia idéia do que fazer. Já possuía a lista pronta com todos os meus
possíveis amigos.
Enquanto eu estava deitada na minha cama terminando minha lista de
convidados, Calic adentra o quarto e lê meus enunciados.
LISTA DE CONVIDADOS
“Estarão presentes os meus seguintes amigos”:
‘A Pamela, a Rachelle, a Isabel, o Sirion, a Sheron, a Louis, o Crowley, o
Aaron, o Nebiros, o Lautener, a Rachel, a Nikki e sua prima, a Veronika, a
Gaby e sua prima Candy e seu irmão Are, a Grace e seu irmão Hawes, as irmãs
Pauli, Sasaki e Gagne, a família Abkemeir, a família Scott, a família Razi,
a família Yudin, a Grace Connell Razi e seu marido Orson Card Connell, o
senhor Jack Brown, a senhora Malaine Albrook a que eu considerava minha avó,
as minhas avós Joelle Razi e Olga Yudin.
Meus primos e primas: Eliana Razi Campbell, Aníbal Grogan Razi, Ronald
Grogan Razi, Bernardo Quindlen Razi, Cyro Razi Yudin, Cassiano Razi Howard,
Robert Ferras Razi, Luana Marie Razi, Reno Quindlen Razi.
Meus tios e tias: Jenny Campbell Razi e Ivan Scott Razi, Ruth Marie Razi,
Lygia Scott, Michelle Scott Razi, Anna Quindlen, Bread Yudin, Hugo Yudin,
Victor Yudin Ferrars.
E meus pais: Liliana Yudin Razi e Barrett Scott Razi com a minha irmã menor
Kimberly Yudin Razi’.  
Será uma festa muito grande
A menina me irritava, mas ela não merecia desprezo além do mais eu nem uma
chance demos a pobre coitada.
O mês passou muito rápido e meu aniversário seria no próximo fim de semana
no sitio da minha avó Malaine Albrook onde meus pais moram. Atualmente e
onde eu vou morar a partir de agora, eu espero.
Estou fazendo quinze anos.
E neste sábado vou ser a menina mais linda e feliz da cidade em seu
aniversário.
Inutilmente hoje foi o meu dia, acordei cedo e estressada com toda a
sensação de uma noite não dormida. Levantei-me sonolenta, indo em direção ao
banheiro percebi que a minha companheira de quarto não havia comido nada. Eu
tinha trago para ela uma bandeja bem vantajosa, como eu percebi a ausência
dela no jantar e ela nem ao menos comeu por algum motivo e eu tinha duas
opções primeiras; ela estava realmente se fome nenhuma ou segunda estava
doente. Decidir tomar meu banho e quando saísse se ela ainda estivesse
naquele estado iria acordá-la e ajuda - lá de alguma forma. Tomei meu banho
tranqüilo e ao sair-me a surpreendi não mais estava na cama nem ao menos no
quarto já havia se arrumado e descido, para o café e talvez para as aulas.
Fiquei estupefata com a atitude dela, eu não possuía uma relação de
cordialidade com a Callic mais eu fazia o possível para não entrar em seu
caminho nem ela no meu assim estaríamos as duas convivendo em ‘perfeita
harmonia’.
            Ao sair do quarto eu esbarrei; como sempre, em Callic por
incrível que pareça ela me olhou espantada e eu respondi.
- Me desculpe eu estava distraída, tudo bem? Bom dia!
Ela me olhou estranhamente por ter mudado meu habito com ela.
- Ééé, Estou! Bom dia pra você também.
- Você esqueceu alguma coisa?
Ela continuava com o ar de espanto pela situação.
- Sim meu livro, o deixei no quarto provavelmente em cima da cama...
Eu a interrompi
- Então você o deixou em outro lugar porque não vi nada em sua cama de
estranho, para falar-lhe a verdade. – Ela estava me olhando como se quisesse
me repreender ou me perguntar alguma coisa então eu prossegui. – Se não
acredita em mim, podemos entrar e procurar eu te ajudo a encontrá-lo, caso
queira?
- Sim, eu acredito e gostaria sim de ajuda, a aula já vai começar e
provavelmente eu estarei atrasada.
Ela foi dizendo com um meio sorriso no canto da boca, então eu comecei com
um sorriso sincero e dizendo para andarmos logo com aquilo.
Às oito da manhã já haviam encontrado tal livro; ele estava na biblioteca
com a Joe. Ela havia encontrado e guardado caso o dono o procurasse. Fomos
para a aula de Matemática com o professor Crowley. 
A parti desse dia comecei a ter outro comportamento com ela, certo inicio de
amizade distanciada.
A noite chegou e eu estava muito cansada, porém não o bastante para dormir,
era apenas cansaço mental.
            Estava sentada na sacada da janela do meu dormitório quando um
par de faróis avistou-se ao longe das propriedades da escola. E depois de
alguns minutos mais carros e carros. Até que o Último Tomou uma direção
diferente dos demais E segue em minha direção vinda para a escola. O carro
preto estacionou-se perto do gramado principal e saiu-se dele três pessoas;
primeiro o motorista logo em seguida ele abre a porta para um homem alto e
forte vestia-se bem; um terno de cor marinho escuro e o que parecia ser um
Armani. A mulher que desceu a seguir era absoltamente linda tinha os cabelos
negros e logos enrolados em uns cachos perfeitos. Nunca havia me deparado
com a sua beleza. Ele tinha os cabelos negros, de um curto e liso perfeito,
sua altura; ao que me parecia estava em torno dos um setenta, vestia-se uma
calça jeans escura, uma camisa e um, sobretudo preto por cima estava de
tênis e... E usava óculos. Quem usaria óculos escuros à noite? Bem pelo
visto ele.
            O rapaz olhou para a escola atentamente até que seus olhos
encontraram os meus nós encaramos por um tempo fixamente. E naquele momento
eu me senti como se fosse me atirar daquela sacada. O jovem misterioso
demorou-se me encarando foi quando ele sorriu e se, pois em direção aos
pais. Nem percebi quando a mulher entrou. Decidi que estava na hora de me
deitar, já sofrerá loucuras demais por um dia.
                                                           ...
            Levantei-me aos pulos com os gritos de Rachelle.
- Nossa Rachelle, você não poderia gritar mais alto? Eu ainda não te escutei
e a escola toda também não te ouviu. – Disse sorrindo torto- Ah, e Bom dia!
– Acrescentei.
-TÁ, TÁ...  Não temos tempo para isso, vá logo se arrumar, temos uma
cerimônia para ir. – Disse ela aos pulos de felicidade, olhei para Callic e
sussurrei.
- Posso atirá-la pela janela?
Ela começou a ri e disse.
- Não. - um simples não.
- Droga – Murmurei indo para o banheiro.
O dia iria ser longo, e se Rachelle estava daquele jeito, não demoraria
muito para Pamela estar adentrando por minha porta também aos berros
perguntando-me o porquê de tanta demora, isso imaginando que Rachelle só
haveria subido a cinco minutos. Arrumei-me e quando voltei ao quarto
Rachelle já havia descido, fiquei parada na porta do banheiro olhando, foi
quando Callic respondeu a minha pergunta não verbalizada.
- Ela saiu, Pamela veio buscá-la.
Não havia dito, ou melhor, imaginado. Era tão típico delas. Callic começou a
ri da minha cara de desdém.
- Ok, vamos descer e enfrentar o terror – A peguei pelo braço e saímos,
assim que estávamos no final do corredor uma mulher se deparou conosco
rindo.
            Surpreendi-me com as palavras que se saíram a seguir da boca de
Callic.
- Mãe! - Disse ela espantada.
- Não me olhe com essa cara menina, até parece que uma mãe não pode visitar
a filha.
            Eu não me lembrava muito dessa senhora, mas me recordava do
primeiro dia em que há vi. “Minha avó Malaine se “espantou” tanto quando eu
disse que conheci uma Wilder e seu temor por mim transpareceu em seus olhos
e nas palavras de” – Fique longe deles!”“. Fico a pensar no que diria se eu
lhe contasse que uma Wilder é minha companheira de quarto.
- O que você faz com ela Call? – Disse Anna Wilder
- Mãe, por favor, aqui não e nem na frente dela - Respondeu Callic a mãe.
Então ela tinha problemas com a mãe em relação ao mesmo que eu com a minha
avó.
- Não me agrada você estar tendo más companhias deveria se comportar melhor,
Call.
Afastei-me delas descendo as escadas sem dizer uma palavra. Agora digamos
que eu entendia a minha avó.

Muitas coisas mudaram, muitos caminhos foram seguidos, mas foram os certos?
Aqui as turmas são diferentes e tudo igual ao mesmo tempo. Minhas colegas de
quarto eram as mesmas, mas agora elas se tornaram minha AMIGAS. Porém um
segredo está preste a desvendar.
Enquanto eu vagava por meus pesadelos acordei muito assustada. Decidi me
levantar lavar o rosto e descer para tomar um copo de água e quem sabe um
belo leite morno. Mas me deparei com uma figura negra de cabelos compridos
andando pelo corredor na minha frente logo que virei o fim do longo corredor
ofeguei de pavor e a criatura virou-se bruscamente encarando-me de tal
maneira que veio correndo em minha direção eu fechei meus olhos de tanto
pavor e ela passou por mim feito um vulto ou fantasma.  Lembrei-me de abrir
os olhos apavorados, mas não consegui ver mais nada estava com tanto medo e
tão escuro que deslizei para o chão e comecei a chorar. E quando estava mais
calma me recordei que só me sentia assim quando Annie estava por perto.
E aquela bruxa concerteza tinha culpa no cartório Resolvi voltar ao quarto,
porém antes de adentrar o quarto outra criatura desceu das escadas do andar
superior e estava vindo em minha direção como se fosse passar por mim, mas
parou olhou-me e sorriu. Aquele sorriso eu me lembrava daquele sorriso. E
como um sobressalto me veio um episódio.
O garoto do sobretudo preto.

Friday, October 7, 2011

A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.

Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador.
É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.
 Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia.

Lembranças