Agora minha alma se dissolve,
Os dias de aflição me dominaram
A noite traspassa meus ossos
consome-os.
Os males que me roem não dormem.
Tenho o aspecto da poeira e da cinza.
Clamo a ti, e não me respondes;
Ponho-me diante de ti, e não olhas para mim.
Tornaste-te cruel para comigo,
atacas-me com todo força de tua mão.
Aniquilas-me na tempestade.
Eu bem sei, levas-me à morte,
ao lugar onde se encontram todos os viventes.
Mas poderá aquele que cai não estender a mão,
poderá não pedir socorro aquele que parece?
Esperava a felicidade e veio a desgraça,
esperava a luz e veio as trevas.
Minhas entranhas abrasam-se sem nenhum descanso,
assaltaram-me os dias de aflição.
Caminho no luto, sem sol;
levanto-me numa multidão de gritos.
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