Enraizado no profundo oculto
Alimentado de incertezas
Suspira aliviado
Contra a fútil resistência vã
Imperador de suas decisões
Responsável pelo desamparo
Exaurindo suas forças pouco a pouco
Mergulhando-a nas sombras
Você não tem porque teme-lo
Não tem razão para enfrenta-lo,
Se ele te proteje de todos
Enquanto te aprisiona em si mesma
Mas agora outro sentimento aflorou
Tão profundo quanto poderoso
E pouco a pouco suprime o parasita,
que recua para o lado escuro do peito
Esse sentimento te renova
Te alimenta e te mostra a luz
O que tanto temia se mostra lindo
Sua prisão, aberta, retrocede
Está livre para ver o mundo
O medo não mais governa
O que te motiva é quente
O que te motiva é meu amor.
Você faz parte do meu corpo
Corre como sangue nas minhas veias
Pulsa no meu peito,
A razão do meu respirar
É seu amor e nada mais puro será
Minha alma transborda nas lagrimas
Que dos seus olhos escorrem
Como o sangue que por ti derramaria
Como o fogo que por ti arde
Somos dois meios de um todo
Que separados, nada somos
Fragmentos de pensamentos
Escoam por entre nossas almas
Fios de puro sentimento
Materializado em emoção
Todo nosso amor cabe em uma lágrima
Uma palavra, um gesto bobo ou um abraço
Por ser tão simples quanto complexo
Por ser tão inexplicavel e completo
Amor.
Em seu mundo cinza, vivia a menina
Como uma boneca numa caixa vazia
Um mundo frio e sem vida
E era assim mesmo que ela queria
Uma doçura infinita, afogada pelas duvidas amargas
Desconfiava de tudo, e não olhava pra nada
Só para o próprio vazio do seu coração empedrado
De seu mundo cinza, via a chuva caindo
O sol brilhando e as nuvens passando
Nada era mais belo que as folhas verdes
Ou o céu azul, mas não no mundo cinza
Ela ouvia as musicas que sua alma pedia
Como portais para o mundo em que não vivia
Apesar de ser o que seu coração mais queria
Encontrei essa caixa isolada na sombra
Aonde eu mesmo me escondia
Mas agora era dia
E do sonho a boneca acordara.
O que quer de mim, fantasma maldito?
Sua sombra pestilenta me traz memórias
E dessas, nenhuma me convém lembrar
Mas sim apagar da lembrança o que um dia aconteceu
O que traz sua imagem, além de desprezo e rancor
E por que ainda sinto o asco e degradante desejo de perdoar
Talvez para aliviar minha vergonha, dos erros que cometi
Talvez, talvez você não fosse um erro afinal?
É isso que quer que eu sinta?
Esse é o chamarís de sua armadilha?
Bom... Não desta vez
Por mais que doa a verdadeira face,
Que se esconde sob o olhar inocente
Um demonio é um demonio
E sebe bem dissimular suas presas
Minha carne já sofreu o teu pecado
Minha alma já corrompeu-se com seu tormento
Meu coração já sangrou com sua lâmina
E agora não acredita mais em assombração.
Tudo que eu sinto é autopiedade
Como mais um ridiculo autoretrato caricaturado
em uma parede morta
Como é que posso descansar agora?
Se estou transbordando de palavras pessimistas
E de pensamentos negativos?
Até um bom pesadelo seria mais reconfortante,
Que uma noite insone, olhando meu reflexo
Com muita pena de mim mesmo para apagar a luz e dormir.
De que serve o belo sem o feio?
O mundo é feito de contrastes
Mas quem define seus padrões?
O que pode ser dito belo por meus olhos
Será medonho ao seu ver
Algo sentimental e melancólico
Que rasgara sua delicada integridade
Abalando sua percepção
O que pode ser julgado, comparado
É amado ou odiado em ambas faces
Bem e mal são metáforas humanas
E só pros homens se faz lei
Mas na realidade são só contrastes
Vermelho sangue no preto vítreo
A morte a e vida por um fio.
Caminho sozinho
Todos estamos sós
Caminho calado
Ninguém vai me escutar
Caminho no escuro
Não quero enxergar
Não tenho caminho
Todos estamos perdidos
Não tenho razão
Só temos motivos
Não tenho certeza
E quem poderia ter?
Estou cansado
Outros já dormem
Estou infeliz
Outros já choram
Estou desesperado
Outros já desistiram
Caminho só
Só caminho
Por não ter aonde parar
Por quem parar
Me convença
Mostre-me que posso ser feliz
Me dê uma prova de que o sol é quente
De que o céu é azul
Diga-me que o dia é belo
De que a chuva não vai me machucar
Prometa que vai me amar
Mas não me abandone aqui no escuro
Que é tudo que conheço
Tudo que eu tenho
E que a mim não pertence.
Perdoai-me ó ofendidos
Palavras minhas, por vezes ferozes
Perfuram a carne e a paz de um instante
E espalham a moléstia da discórdia atroz
Perdoai-me pelos desafetos
Pelos desrespeitos e pelos defeitos
Sou por minha vez, vítima e carrasco
Da minha própria lâmina de pretensão
Soam cruéis, minhas palavras
Como soa desatenta, sua percepção
Não posso negar-lhe o direito de
odiar-me
Se não me nego o fardo de ser enfim
feliz na vida
Não desejai-me mal, apenas não me deseje
Sou tudo aquilo que não pode ser quisto
Sou a imagem oposta do paraíso e do
destino
Sou apenas humano, imperfeito e estúpido
De tantas palavras minhas,
Desperdiçadas pelo tempo sem fim,
Apenas poucas são verdades
Mas de tais, quais serão as que ouvirás?
Palavras são armas perigosas
Afiadas, cortantes e venenosas
Enterram no peito profundamente
Atravessam a alma,
Inflamam na mente
Palavras são agulhas aguçadas
Cheias de crueldade e malícias
Delicadas, disfarçadas de delícias
Armadilhas que nos prendem ao tocar
Nos olhos as palavras vão entrar
E da mente não poderei mais tirar
O eco seco do seu mau-olhar
Me causando sempre um mal estar
Então guardai pra si tais ameaças
Estas palavras, suas desgraças
Flores e palavras não
vão lhe conquistar
Somente
o tempo pode provar
Que é
amor que desejo lhe dar
E não
uma paixão que logo irá apagar
O amor é uma fábula
Contada por cada coração
Não é mais real do que se faz
Não é menos doloroso do que se sente
O amor é uma planta
Brota sem plantar
Cresce sem regar
Liso ou espinhento
O amor fere
Quem planta ou quem toca
Quem sou passou pra olhar
O amor é ave
Voa alto mas aterriza
As vezes quebra as asas
E desaba
Mas das cinzas
O amor revigora
Morre, mas retorna
Como fênix encantada
Plante uma semente
Cuide dela
Faça brotar
Crescer
E no fim ela irá devora-lo
Eu só
desejo encontrar uma resposta que satisfaça minha dor
Mas
tudo que encontro são perguntas dolorosas de se fazer
Quero
me casar com minha dor, o meu passado e meu destino
Meu
futuro obscurecido pela luz do meu presente
Escorrem
os dias entre meus dedos
Como
gotas de sangue enegrecido
Cada
minuto leva um fragmento da minha vida
Como um
grão de poera ao vento.
Doce nectar dos sonhos acordados
Me leva para um mundo louco, semi-lúcido
Aonde somos todos loucos e reis do nada
Viva a serenidade da insanidade adquirida
Em seus doces goles de insensates
Que me fazem errar as palavras
E ainda assim ser feliz
Dias que a noite vira eterna
E a eternidade nada mais vale que um segundo
Tormento de vezes em vezes que a voz da conciencia me agride
Gritando para despertar do meu torpor feliz
Ignoro meus lamentos egocentricos
E concentrado no que me importa de verdade
Caio de braços com meu amor
Encurralado por um dilema simples:
A ressaca trará o meu amanhecer, então que seja eterna a noite!
Como posso descrever o que é meu amor?
Uma chama queima e morre
Uma gota seca
Um suspiro se vai perdido no tempo
Mas meu amor é vivo
Tanto sangrei pelos pulsos
Tanto chorei lagrimas sangrentas
Tanto me enganei no amor cruel
Mas nunca entreguei-me a derrota
Meu coração ainda pulsa
Morimbundo e sanguinolento
Como um soldado ferido, me levanto
Dentre os mortos, ainda ergo a face fronte a dor
Não desisti perante as derrotas infieis
Não entreguei-me as trevas sedutoras
Nem mesmo a morte me derrubou
Mas entrego-me de corpo e alma
A este novo amor que me trousse a redenção
E mais, me deu motivos pra viver.
Escrevo palavras
Que se perdem no tempo
Como fragmentros perdidos
De uma realidade esquecida
Pequenos devaneios
De dias que vivi
Escritos de forma tão viva
Que me fazem duvidar de minha autoria
Quem sou eu, se não um simples sonhador
Mas de que se tratam os poemas, se não de sonhos
Concebidos no sonhar acordado de um poeta
Desapercebido de seu dom irreal.
De que me basta talento?
Se deste só provem lagrimas?
De que serve ter vida?
Se desta nenhum amor resta?
De que basta ter fé?
Se nenhum Deus me escuta as preces?
De que adianta estar diante a ti?
Se já é tarde demais para mim?
Flores e presentes não dizem o quanto
posso amar
Palavras são muito pouco para descrever
Sentimentos confusos demais pra poder
lhe falar
Mas que nunca me canso de reviver
Apesar que sempre seja mal compreendido
E todas as vezes tenha sido abandonado
Eu ainda sofro por este meu coração
bandido
Que continua sempre estando apaixonado
Não me preocupo com quantos tombos eu
levei
Nem quantas vezes irei sofrer sem razão
A realidade é que sempre fui e sempre
serei
Um romântico incorrigível e de coração
Ouvir Soares de Passos
Ecoando pela sala obsucura
Enquanto o escuro mente
Invadindo a mente escura
Você foge da verdade
E depois me procura
Com cara de choro
Implorando que te escute
Eu sei o que vai falar
E eu sei que não quer ouvir
Que vai fugir de novo
Porque a verdade dói
Que que você quer de mim?
O que mais eu posso fazer?
Já fiz de tudo por você
Sem você perceber
Quando é que vai crescer
Parar de olhar pra si
Tão mimada e perfeitinha
Que não sabe nem o que dizer
Então foge,
Foge,
Foge para bem longe
E não volte a me incomodar
Nenhuma boa lembrança para recordar
Nada de bom para comentar
Tudo que fez foi atrapalhar
Mas a sua pena já foi cumprida
E sua punição foi sua própria vida
Que agora se encerrou de forma tão
trágica
Sinto, mas não lhe tenho piedade
Talvez seja até crueldade,
Mas eu não vou ser hipócrita
Nada de mentiras, não sentirei saudade
(descanse em paz...)
Como você pôde cultivar uma vida de
solidão
Afastando de si a todos que se
importavam
Agora está velho e só aguardando a
própria morte
Os fantasmas do passado lhe fazem
presença
Aguardando para lhe arrastar para o
escuro
Não existe esperanças agora e você sabe
Seus últimos momentos de vida você vai
passar
Na melhor das companhias
E a unica que ainda lhe aguenta
Sua própria sombra
Os últimos suspiros lhe escapam pela
boca
Desejava estar amparado nesta hora?
Talvez você devesse ter pensado nisso
antes
Seu corpo foi encontrado atirado no chão
Do mesmo jeito que havia caido,
permaneceu
Só e esquecido
Você olha nos meus olhos e o que vê?
Apenas a cor azul, verde e cinza?
Ou consegue ver dor que eles carregam?
Eu sei que você se interessou por eles
Mas não quero ser só mais um na sua
noite
Então pare de perder nosso tempo
Sei que posso parecer um brinquedo
bonito
Mas minha boca não é material reciclável
Então desista porque não estou
interessado
Um dia
serei o escritor de minha vida,
Hoje
apenas componho meus sonhos
Com
versos simples e de pouca rima
Já são sete e meia da manha
O relógio grita ao meu lado
Mas eu já estou acordado
Passei a noite toda olhando para o
escuro
Procurando as respostas
Do que me atormentava
Mas do silêncio, nenhuma palavra
Tenho que me levantar
Está na hora de voltar a viver
Aquelas mentiras do dia a dia
Olho pela janela embaçada
Mais um dia cinzento me aguarda
Dou o primeiro passo para fora do quarto
Querendo dar meia volta e me deitar
Perdoá-me, mas não vou me desculpar
Cansei de lhe dar satisfações
Agora eu vou ser mais forte do que era
E vou encarar meus erros
Chega de dar desculpas para o vazio
Eu cometi meus pecados
É hora de crescer com eles
Como degraus para redenção
Passo a passo, encontro a luz
Reneguei-me a aceita-la por tanto tempo
E agora eu tenho medo
Mas sigo em frente para fora de minha
prisão
Ergui minha bandeira de liberdade
E me tornei independente de sua
companhia
Agora é você que precisa de mim
Mas vai ter de encontrar outra saída para
suas duvidas
Não gosto do garotinho solitário
Que me encara no espelho
Ele me pede ajuda e não sei o que dizer
Estou confuso também
Ele me encara nos olhos
Exigindo uma atitude
Mas a garganta não responde
Apago as luzes e me escondo
Seus olhos na escuridão
Procurando as respostas
Que eu não tenho
Estão tão assustados quanto os meus
Ele me deu sua mão e fomos
Procurar nossos caminhos
Sei que a noite é fria
Mas eu não estarei só
Ele me lembrou da coragem que eu tinha
Da determinação de ser alguém
E da força de meus desejos
Que nem a solidão enfraquecera
Eu tinha medo de crescer
Medo de encarar a minha vida
Mas ele estava ali, o garotinho
Pra me mostrar que eu ainda era o mesmo
E que ele não me abandonaria
Não gostaria de me destacar
Por ser o barulhento
Por estar quebrando o silêncio
Ninguém gosta do meu barulho
Não gostaria de ser a sombra que
escurece o quarto
E não quero ser o único calado
Por não ter nada para falar
Ninguém gosta do meu silêncio
Não quero ser o diferente
Por que não sei ser igual a ninguém
Mas me recuso a ser uma copia
Ninguém gosta de imitações
Não queria ter de gritar por dentro
Minha dor enjaulada no peito
Mas não sei a quem pedir socorro
Ninguém gosta de ajudar
Não gostaria de ser o louco
Que sempre tem algo a acrescentar
Nas frases mortas do cotidiano
Ninguém gosta de me escutar
Não sei porque eu ainda tento mudar
Eu perderia o sentido do que sou?
Eu gostaria de apenas deixar de ser
Ninguém gosta de tentar
Eu gostaria de ter forças e me levantar
Erguer a cabeça para enxergar
Acima do que eu vejo de mim
Ninguém gosta de se enxergar
Eu gostaria de ser amado
Por alguém que desejasse minha ajuda
Que procurasse meu apoio
Ninguém gosta de ser dependente
Eu não gosto do que eu fiz
Perdi o sentido pela luta
Travada em vão e abandonada
Ninguém gosta da derrota
Em seu desespero
infantil
Sua atitude é fútil
Destrói o sentimento de amizade
Forçando algo que não é verdade
Acorde para realidade
Seu tempo já passou
E a culpa foi dessa personalidade
Não me condene por seus erros
Pare de maldizer meu nome