A hospedeira....
Na primeira ficção voltada para o leitor adulto, “A Hospedeira“, Stephenie tece um enredo que se concentra em uma era futura, na qual o Planeta Terra
foi invadido por alienígenas que se dedicam ao bem de sua comunidade,
utilizam métodos pacíficos e se manifestam ao tomarem conta da mente dos
terráqueos, após retirarem de seus corpos o domínio da psique humana.
Estes aliens, denominados ‘almas’, submetem completamente
os seres dos quais assumem o controle, os quais passam, assim, a
hospedar suas mentes. Quase toda a raça humana já se entregou a este
comando; os demais se refugiam e preservam sua autonomia, sendo conhecidos como selvagens.
Melanie Stryder é uma destas resistentes; ao ser apanhada por seus
adversários, ela acredita que chegou a hora de se tornar um autômato,
mas sua psique continua obstinadamente a se rebelar contra o domínio da
mente alheia, neste caso, de Peregrina, ou ‘Wanderer’, a alienígena
destacada para invadir seu corpo e, assim, descobrir o refúgio dos que
ainda não se submeteram ao poder dos parasitas alienígenas.
Peregrina, por sua vez, tem consciência dos riscos que corre ao se
expor aos sentimentos e sensações humanas, às suas recordações e
experiências, que se conservam ativas. Algo, porém, a surpreende: a
forma como sua hospedeira se nega a entregar pacificamente o comando de
sua psique.
Melanie se fixa nas lembranças de Jared, seu namorado; as imagens
que se formam em sua mente atingem também Peregrina, que não tem como
isolar os desejos de sua hospedeira dos seus próprios anseios. Desta
forma, ao invés de focar em sua missão, ela vê sua vida, de repente, se
entrelaçar fatalmente à de sua vítima.
Ao pesquisar a mente de Melanie para tentar encontrar os selvagens,
Peregrina cai em uma armadilha: ela se sente irresistivelmente atraída
por Jared, pois seus sentimentos se confundem inevitavelmente com os de
sua hospedeira. Agora, nada mais lhe resta senão ir em busca deste amor
compartilhado com a humana que a abriga.
Esta obra de Stephenie alia com perfeição a mais inventiva ficção
científica com o saboroso estilo romântico que permeia sua obra, bem
conhecido do leitor que já devorou a saga Crepúsculo. Aqui ela tece, de
forma totalmente original, um triângulo amoroso protagonizado somente
por dois corpos, embora concretizado por três mentes.
O amor é um dos principais personagens deste livro, mas não apenas o
sentimento nutrido entre homens e mulheres; aqui estão presentes várias
formas de amar: o grupo, a si mesmo, os familiares; e, naturalmente, o
afeto romântico e a emoção platônica. Outro ângulo importante da
história é a questão da humanidade, do que significa realmente ser
portador da essência humana.
A autora norte-americana tornou-se célebre pela publicação da série Crepúsculo,
sucesso de vendas e convertida quase imediatamente para as telas dos
cinemas. A trama enfoca o relacionamento entre a humana Bella Swan e o
vampiro vegetariano Edward Cullen. Por este êxito comercial, Stephenie
Meyer foi incluída no 49º lugar entre as “100 pessoas mais influentes em
2008″, eleitas pela Times. Ela participou também da coletânea de
histórias de terror Formaturas Infernais, com a história Inferno na
Terra.
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