Da escritora J. R. Ward, Bestselling do New York Times, chega um acontecimento único na vida: Um extraordinário volume que mostra a vida atrás dos bastidores da Série «que é para morrer» da Irmandade da Adaga Negra.
Encontrará informação sobre a Irmandade, incluindo seu histórico, estatísticas e presentes especiais. Lerão entrevistas com seus personagens favoritos, incluindo uma comovedora conversa entre o Tohrment e Wellsie, acontecida três semanas antes que fosse assassinada pelos lessers. Descobrirá cenas suprimidas - acompanhadas das razões pelas quais foram suprimidas - e respostas a perguntas expostas pelos leitores da série. Saberá o que sente J. R. Ward ao escrever cada entrega da série, e em uma reviravolta fascinante, lerá uma entrevista com a autora, feita pelos Irmãos. Totalmente em exclusivo, lerá uma história curta original a respeito de Zsadist e Bela, e será testemunha do milagre do nascimento de sua filha Nalla e a intensidade do amor que se professam. Este é um compêndio que nenhum fã da Irmandade da Adaga Negra deveria deixar de ler... E uma guia confidencial que o seduzirá tão poderosamente quanto o sexy grupo de Irmãos e o «ferozmente popular» mundo alternativo em que vivem.
Continua lendo se desejas dar uma olhada furtiva...
Bela passeava sobre pernas trementes pela sala de primeiros socorros e fisioterapia do centro de treinamento, dando voltas ao redor da mesa de reconhecimento. De vez em quando se detinha para checar o relógio.
Onde estavam? Que mais poderia ter saído mal? Já passou mais de uma hora<
OH, Deus, por favor, que Zsadist esteja vivo. Por favor, que o tragam de volta com vida.
Caminhou e caminhou, uma e outra vez. Finalmente se deteve na cabeceira da maca e olhou ao longo da mesma. Possivelmente era a penetrante dor que sentia dentro dela; possivelmente era o pânico; possivelmente era o desespero; mas se encontrou pensando em quando esteve sobre essa coisa, como paciente. Dois meses atrás. Quando nasceu Nalla.
Deus, que pesadelo foi aquilo.
Deus, que pesadelo era isto< esperando a que trouxessem à seu hellren ferido, sangrando, sofrendo< e isso seria no melhor dos casos.
Para evitar voltar-se louca, ou, bem, porque já estava louca e seu cérebro desejava livrar-se de algumas lembranças que se permanecesse, fariam que continuasse na terra dos alienados, pensou no nascimento, nesse momento no qual os olhares de ambos, o dela e o de Z mudaram para sempre. Como para muitas das coisas dramáticas, preparou-se para o grande evento com antecipação, mas não obstante, quando chegou, foi totalmente aterrador. Estava no décimo primeiro mês dos dezoito de gravidez e foi uma segunda-feira de noite.
Uma má maneira de começar a semana de trabalho. Realmente.
Tivera desejo de comer chili, e Fritz a agradou, lhe levando uma porção tão picante quanto gostava... O que significava que um não queria levar-lhe aos lábios já que seguro que arderia. Entretanto quando o querido mordomo levou a fumegante tigela, foi incapaz de agüentar o aroma nem a vista da refeição. Sentindo náusea e empapada em suor, foi tomar uma ducha para refrescar-se, e ao entrar no banheiro, perguntou-se como demônios ia suportar outros sete meses, com o bebê crescendo em sua barriga.
Evidentemente, Nalla, tomou no peito esse pensamento ao azar. Porque pela primeira vez em semanas, moveu-se com força< deu um agudo chute e Bela rompeu a bolsa.
Bela levantou a bata, olhado cuidadosa para baixo todo esse líquido, e por um momento pensou que tinha perdido o controle de sua bexiga ou algo. Logo o entendeu. Tinha seguido o conselho da doutora Jane e evitou ler a versão vampira de: Que esperar quando você está esperando, mas tinha suficiente noção para saber que uma vez que rompesse águas, não havia marcha ré.
Dez minutos depois estava deitada nessa maca, e a doutora Jane a estava examinando rápida, mas cuidadosamente. Seu diagnóstico foi que o corpo de Bela não parecia estar preparado para seguir com o programa, e que teria que tirar a Nalla. Administrou-lhe Oxitocina que era um medicamento utilizado freqüentemente para induzir o trabalho nas mulheres humanas, e pouco depois Bela aprendeu a diferença entre a dor e o trabalho.
A dor conseguia chamar sua atenção. O trabalho exigia toda sua atenção.
Zsadist esteve fora no campo de batalha, e quando chegou, ficou tão frenético que os poucos cabelos que se sobressaía de seu corte ao corte de barba ficaram arrepiados. Atirou suas armas formando uma pilha de chumbo e aço inoxidável e se apressou a correr para seu lado.
Nunca o viu tão assustado. Nem sequer quando despertava sobressaltado por ter sonhado com essa sádica Ama que tivera. Os olhos ficarem negros, não pela irritação, mas sim pelo medo, e tinha os lábios tão apertados que parecia um par de raias brancas.
Entretanto, ter ele a seu lado, ajudou-lhe a sobrepor-se à dor. E tinha necessitado qualquer alívio que pudesse conseguir. A doutora Jane aconselhou que não dessem anestesia epidural, já que esta droga nos vampiros podia provocar uma diminuição alarmante da tensão arterial. Assim nada de anestesia para ela.
Não puderam levá-la à clínica de Havers, porque uma vez que a Oxitocina se disparou em seu corpo, inesperadamente o trabalho de parto progrediu muito rápido para ser transportada a qualquer parte. E como o alvorada estava perto, era impossível que o médico da raça chegasse ao centro de treinamento a tempo<
Bela retornou ao presente e passou a mão por cima do magro travesseiro que descansava na maca. Podia recordar ter agarrado a mão de Z com tanta força que poderia romper seus ossos quando se pôs tão tensa que doíam seus dentes e sentia como se estivessem rasgando-a pela metade.
E então seus sinais vitais tinham paralisado.
—Bela?
Deu-se a volta a toda velocidade. Wrath estava na porta da sala de primeiros socorros, o enorme corpo do Rei enchia o marco. Com o cabelo negro que chegava até o quadril, os óculos envolventes, e as calças de couro negro, parecia uma versão moderna de Grim Reaper aproximando-se silenciosamente.
—OH, por favor, não — disse, aferrando-se à maca — Por favor<
—Não, está bem. Ele está bem. — Wrath se aproximou e a tirou do braço, sustentando-a — Está estável.
—Estável?
—Tem uma fratura exposta na parte inferior da perna, o que provocou que sangrasse um pouco.
Esse pouco era certamente um muitíssimo, pensou ela.
—Onde está?
—No Havers, mas o trarão para casa agora mesmo. Supus que estaria preocupada, por isso quis vir te avisar.
—Obrigado. Obrigado<
Ultimamente estavam tendo problemas, mas ainda assim, a idéia de perdê-lo era catastrófica.
—Vêem aqui, Bela.
—Não, estou bem. — E um corno se o estava — De verdade, estou<
—E um corno se o estiver. Considera-o um decreto real se isso fizer que seu ego se sinta melhor.
Bela sorriu e deixou de lutar. Quando se aproximou dele, o Rei a envolveu em seus enormes braços e a abraçou suavemente.
—Deixa que os tremores a atravessem. Dessa forma poderá respirar mais facilmente, creia ou não.
Fez o que sugeriu, afrouxando o rígido controle que esteve exercendo sobre seus músculos. Como resposta, todo seu corpo estremeceu, dos ombros até as panturrilhas, e teve que apoiar-se na força do Rei ou teria caído diretamente ao chão.
Entretanto, era gracioso. Ele tinha razão. Uma vez que passaram os tremores, foi capaz de respirar fundo uma ou duas vezes.
Quando esteve grandemente mais estável, afastou-se. Olhando fixamente a maca, franziu o cenho.
—Wrath, posso te perguntar algo?
—É obvio
Teve que andar um pouco antes de poder formular a pergunta apropriadamente.
—Se Beth< se você e Beth tivessem um bebê, amaria ao menino tanto como ama ela?
O Rei pareceu surpreso.
—Ah<
—Sinto — disse — Isso não é de minha incumbência<
—Não, não é isso. Estou tentando imaginar a situação.
Levantou a mão e se tirou os óculos de seus brilhantes olhos cor verde pálida. Esteve pensando durante um momento e enquanto o fazia jogava com os magros braços dos óculos envolventes, seus dedos longos e fortes se moviam de um lado a outro, e o ruído de um chiar de plástico se elevou na sala ladrilhada.
—Assim é a coisa... E acredito que isto é certo para todos os machos emparelhados. Sua shellan é o coração que palpita em seu peito. Inclusive, muito mais que isso. É seu corpo, sua pele e sua mente... Tudo o que alguma vez foi e tudo o que chegará a ser. Assim um macho nunca poderá sentir tanto amor por outra pessoa como o que sente por sua companheira. Simplesmente não é possível< e penso que as coisas estão evoluindo um pouco. Quanto mais profundamente ame, mais protegerá, e manter a sua fêmea com vida a todo custo significa que ela poderá cuidar dos filhos que tenha. Tendo estabelecido esse ponto, é obvio que ama a seus filhos. Penso no Darius e na Beth... Estava desesperado por mantê-la a salvo. E Tohr com o John... Y... sim, quero dizer, sem dúvida se sente um profundo amor por eles.
Era lógico. Mas Zsadist nem sequer segurava Nalla...
As portas duplas da clínica se abriram e Z foi trazido. Estava vestido com uma bata de hospital, sem dúvida porque suas roupas deviam ter sido cortadas na clínica de Havers, e seu rosto carecia de toda cor. Tinha ambas as mãos enfaixadas e usava um gesso na parte inferior da perna.
Estava desacordado. Mais que isso, parecia morto.
Apressou-se a ir a seu lado e pôs a mão em seu ombro.
—Zsadist? Zsadist?
As intravenosas e as pílulas nem sempre eram o melhor tratamento para um ferido. Às vezes tudo o que se precisava era o toque do ser amado, o som de sua voz e o conhecimento de que estava em casa, para que de repente retornasse a bordo.
Z abriu os olhos. Quando se encontrou com o fixo olhar azul safira dela seu olhar adquiriu o brilho das lágrimas. Bela estava inclinada sobre ele, seu espesso cabelo cor mogno escorregando por cima de seu ombro, o formoso rosto de rasgos clássicos sulcado pela preocupação.
—Olá — saudou, porque era quão único podia fazer.
Na clínica recusou que lhe administrassem medicamentos para a dor, porque o efeito de moleza que lhe dava recordava a maneira em que foi narcotizado quando estava em poder de sua Ama. Assim com a perna quebrada, e o que ocorreu nas palmas das mãos, sentia uma agonia espantosa. E ainda assim ver bela o ajudou muito com a dor.
—Olá. — Passou-lhe a mão sobre o crânio rapado — Olá...
Ele jogou uma olhada a seu redor para ver quem mais estava na sala de primeiros socorros e fisioterapia. Wrath estava falando com o Rhage na esquina próxima à banheira de hidromasagem, Qhuinn, John e Blay estavam de pé frente às fileiras de gabinetes de aço e vidro.
Quando pôde enfocar claramente os detalhes da sala, pensou na última vez que esteve
ali.
No nascimento.
—Shhh... — murmurou Bela, que evidentemente interpretou mal a razão de sua careta de dor — Só fecha os olhos e te relaxe.
Fez o que lhe pediu, porque retornou a beira do abismo, não pelo muito que estava doendo.
Deus, a noite em que tinha nascido Nalla... Quando quase perdeu a sua shellan...
Z apertou ainda mais os olhos, não desejando reviver o passado... nem olhar muito de perto o presente. Corria o perigo de perder a Bela. De novo. E era sua culpa. De novo.
—Amo-te... — sussurrou — OH, Deus, por favor, não me deixe...