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Monday, November 26, 2012

Cachoeiras de Macacu

Cachoeiras de Macacu é um município do estado do Rio, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 22º27'45" sul e a uma longitude 42º39'11" oeste, estando a sede do município a uma altitude entre cinquenta e 57 metros. A população recenseada em 2008 era de 56 529 habitantes. É atravessado pelo Rio Macacu, o maior rio que deságua na Baía De Guanabara, tanto em extensão quanto em volume d'água. Sua economia baseia-se na agricultura (principalmente coco, goiaba, inhame, aipim, milho) e na pecuária bovina."Macacu" é um termo originário da Língua Tupi, através da junção dos termos paka ("paca"), ka'a ("mata") e 'y ("água"), significando, portanto, "água de mata de paca". Municípios limítrofes Nova Fiburgo, Rio Bonito, Itaboraí, Guapimirim, Silva Jardim e Teresópolis.


                                                      O povoamento da região iniciou-se no século XVI, com a ocupação das margens do Rio Macacu. A freguesia de Santo Antônio de Casseribu foi criada em 1647 e passou à categoria de vila e concelho em 1697, passando a chamar-se Santo Antônio de Sá. O território no qual se encontra Cachoeira de Macacu, já foi habitada por índios Coroados e Puris.
                                                      Em 1868, a sede do município passou para a Vila de Santana e, em 1877, passou a chamar-se Santana de Macacu, com a transferência da antiga sede municipal para o município de Itaboraí, em Porto das Caixas.    Em 1898, Santana passou a designar-se Santana de Japuíba.
                                                     Em 1923, a capital do município mudou de lugar mais uma vez: agora, para a Vila de Cachoeiras de Macacu. Em 1929, o município passou a designar-se Cachoeiras de Macacu e a sua sede foi elevada à categoria de cidade.
                                                  Apesar de a cidade ter sido reconhecida em 1929, os primeiros registros de ocupação do território que hoje compõe o município de Cachoeiras de Macacu datam no final do século XVI, por volta do ano 1567, logo após a expulsão dos franceses da Baía De Guanabara.
                                                Num pequeno núcleo agrícola instalado ao redor da antiga Capela de Santo Antônio, denominado Santo Antônio de Casseribu, aproveitando a fertilidade natural dos solos, desenvolveram-se cultivos de mandioca, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão. Este núcleo inicial foi elevado a vila em 15 de maio de 1879, com o nome de Santo Antônio de Sá, criando-se, ao mesmo tempo, o município do mesmo nome. Entre 1831 e 1835, por conta de uma febre endêmica conhecida como Febre de Macacu, provavelmente Malária e febre amarela, houve grande perda de vidas e um significativo processo de êxodo rural, tendo se desorganizado as atividades produtivas de Santo Antônio de Sá, ocorrendo, então, os desmembramentos dos territórios municipais, gerando uma séria crise.
                                                       Até 1930, além das lavouras de subsistência, Cachoeiras de Macacu dependia diretamente das atividades da oficina da Estrada de Ferro Leopoldina, que se aproveitava da localização estratégica do município, usando-o como local de transbordo para a subida da serra, que deveu-se a um estudo da companhia inglesa que levou a fixar tanto a oficina quanto a estação onde está hoje situada a rodoviária da cidade (Terminal Rodoviário de Cachoeiras de Macacu).
                                                             Essa função a cidade iria perder no período pós-guerra, quando o ramal ferroviário de Cantagalo foi injustificadamente desativado nos anos 1960, gerando uma séria decadência social, cultural e econômica que se reflete ainda hoje, também aculada aos fatos políticos gerados pelo Regime Militar, que pressionou lavradores e funcionário da Leopildina.
                                                                Uma mudança significativa ocorreu no município no início da década de 1940, a partir de experiências de distribuição de terras para assentamento de colonos deslocados das áreas de Citricultura da Baixada Fluminense. Estes formaram as colônias agrícolas de Japuíba e Papucaia, sendo importante acrescentar que, na primeira metade do século XX, chegaram em Papucaia e na Fazenda Funchal (nomeado desta forma para não confundir com a cidade de Funchal, de Portugal), os imigrantes japoneses que se dedicam à agricultura até hoje, principalmente à atividade de Fruticultura.
                                                            Firmando-se na atividade agropecuária, o município de Cachoeiras de Macacu, hoje já começa a sofrer os efeitos do avanço das grandes cidades ao seu redor, na medida em que suas terras passaram a ser procuradas como área de sítios de lazer. Se observa já a expansão de loteamentos nos limites com Itaboraí. Comporta, ainda, próximo ao seus limites com o Município de Guapimirim, um assentamento agrícola de grande importância chamado São José Da Boa Morte, com uma extensão de quase duzentos km² e que recebeu este nome por causa de uma igreja construída na época colonial. Hoje, a igreja está em ruínas e é um dos principais pontos turísticos da região.
                                                            Atualmente, o município tem se tornado uma atração para os praticantes do trekking, do montanhismo, do rapel e de outras modalidades de esportes radicais e de ecoturismo, sendo que parte do seu território encontra-se situado nos limites do Parque Estadual dos Três Picos, respondendo Cachoeiras de Macacu por 66% da área da unidade de conservação.
                                                           Outras importantes unidades de conservação criadas em Cachoeiras de Macacu foram a Reserva Ecológica de Guapiaçu em terras particulares e a área de proteção ambiental do Rio Macacu.
                                                            Além do Pico da Caledônia, com 2 219 metros de altitude, que também pertence ao município de Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu dispõe de várias belezas naturais, como a Pedra do Faraó, a Pedra do Oratório, a Pedra da Mariquita e inúmeras cachoeiras, tendo, na Pedra do Colégio, o símbolo da cidade.
                                                             Cachoeiras de Macacu está dividida em quatro distritos: Cachoeiras de Macacu (sede), Japuíba, Papucaia e Subaio.

REGUA


                                                A REGUA (Reserva Ecológica de Guapiaçu) protege um dos últimos fragmentos de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, onde a extensão deste bioma foi severamente reduzida.
                                                A Mata Atlântica ocupava historicamente uma área desde o Nordeste do Brasil, ao longo da costa, até o Uruguai e chegava até o Nordeste da Argentina e Leste do Paraguai.      Originalmente abrangia uma área de 1.477.500 Km2. Porém, séculos de devastação fizeram da Mata Atlântica o segundo bioma mais ameaçado do mundo, atrás apenas de Madagascar. Atualmente restaram somente 7% da área original, cerca de 100.000 Km2, dos quais apenas 2% são florestas primárias. Apesar de toda essa perda e fragmentação de habitat a Mata Atlântica está ranqueada entre os primeiros cinco hotspots mundiais de biodiversidade.
                                                O principal objetivo da REGUA é proteger este remanescente florestal de Mata Atlântica e sua biodiversidade do desmatamento, da caça e da exploração predatória de recursos naturais. Além de proteger, procuramos restaurar habitats nativos e reintroduzir espécies extintas localmente.A REGUA também trabalha com a comunidade local, especialmente crianças, para convencê-los da necessidade e da importância da conservação do meio ambiente e dos recursos naturais.

Porque eu decidi falar do REGUA?
Bem em si eu conheço o Guapiaçú melhor do que outra pessoa, sou de cachoeiras, nasci e vivi lá. Minha familia morou, e mora lá e é lá que eu  vou quando quero me isolar. Bem quando eu falo assim para alguém que conhece, sabe do que eu estou falando. Em algumas regiões de Cachoeiras não há recepcção de celular ou qualquer aparelho. Rádio no interior é movido a pilha. E tv é maravilhosa muito mau a globo e o sbt! No centro você pode compartilhar da melhor e mais sofisticada tecnologia wi-fi. De cachoeiras encantadoras a o rio de água fresca. O povoamento do local se deu através da antiga Fazenda do Carmo, que foi uma unidade produtora de café até o começo do século XIX, sendo hoje de propriedade da Schincariol que demoliu o que restou do histórico Convento das Carmelitas, sua sede, próximo do local onde foi feito a represa que abastece a unidade da fábrica de cerveja no município.
Em razão de sua privilegiada hidrografia, que propicia a formação de vários balneários no rio Guapiaçu e seus afluentes, bem como pelas suas florestas e trilhas, o local é muito procurado pelos praticantes do trekking e do ECOTURISMO.Para chegar até Guapiaçu de carro, é preciso trafegar na rodovia RJ-122 e, depois, seguir por uma estrada de terra. Existem duas linhas de ônibus para o Centro e outra para o distrito de Areal operada pela Coletivo Guapiaçu. E eles apenas no horário que devemos estar sempre em contato. Porque se não vc não sai de lá ou no caso não chega lá.

Aqui esta o portal macacu, conheça sempre mais:
Portal Macacu

Rota 116

Maiakovski


A todas vocês,
que eu amei e que eu amo,
ícones guardados num coração-caverna,
como quem num banquete ergue a taça e
celebra,
repleto de versos levanto meu crânio.

Penso, mais de uma vez:
seria melhor talvez
pôr-me o ponto final de um balaço.
Em todo caso
eu
hoje vou dar meu concerto de adeus.
Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.

A Flauta-Vértebra, Maiakovski

Thursday, November 22, 2012

Conheça Maricá


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                                          Maricá, um paraíso a 50 Km do Rio de Janeiro e divisa litorânea com Niterói e com 46 Km de costa, é o primeiro município da Costa do Sol passa por um turbulento momento de mudança estrutural.

Novos negócios aportam no município ou se consolidam no seu entorno, causando efeitos imediatos.


                                           O município oferece recursos naturais em abundância e de beleza singular são 9 praias oceânicas, Recanto de Itaipuaçu, Itaipuaçu, Francês, Zacarias, Barra, Guaratiba, Ponta Negra - com seu histórico Farol - da Sacristia e Jaconé e várias lacustres, tais como: Araçatiba, Boqueirão, Jacaroá, Gamboa, das Amendoeiras, Saco da Lama, Ponta da Preguiça e Guaratiba. Além das praias, um dos pontos altos do Turísmo em Maricá, é fundamental destacar outros patrimônios naturais e culturais que saltam aos olhos de qualquer pessoa que visite o município. A Pedra do Elefante, no Parque Estadual da Serra Tiririca, com seus 412 metros de altura proporciona, aos seus visitantes, uma vista panorâmica e estonteante de toda Maricá, além das praias oceânicas de Niterói, Pão de Açúcar, Corcovado e Copacabana.


                                              Outros patrimônios naturais a serem visitados e desfrutados são: a Pedra de Itaocaia, que emoldura a fazenda de mesmo nome, onde Darwin se hospedou; a Pedra do Macaco e seu entorno, que nos brinda com uma excelente área para a prática de esportes de aventura, por exemplo, escalada e rapel; a Pedra do Silvado, berço da Laélia Tenebrosa, orquídea endêmica da região; a Serra do Camburi com sua vista panorâmica e fantástica, onde se pratica Vôo Livre e o Pico da Lagoinha, ponto culminante de Maricá e da Região dos Lagos, com seus 890 metros de altura, repleto de magníficas cachoeiras e trilhas. Reunindo maravilhas naturais e um patrimônio cultural imaterial inestimável, o Espraiado merece ser visitado, principalmente no primeiro domingo do mês, quando as fazendas da região estão abertas para visitação, num evento chamado Espraiado de Portas Abertas, onde se pode comprar e apreciar a bela tapeçaria desenvolvida por Madeleine Colaço. 



                                                 Além dos patrimônios naturais e culturais, Maricá é uma cidade hospitaleira, habitada por um povo maravilhoso, que se moderniza a cada dia, contudo, sem perder as características de uma cidade bucólica, que atrai e cativa seus visitantes.



Friday, November 16, 2012

Teatro grego: Diferenças entre comédia e tragédia


Valéria Peixoto de Alencar 

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

                    O teatro na Grécia Antiga surgiu a partir de manifestações a Dioniso, deus do vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses. Pouco a pouco, os rituais dionisíacos foram se modificando e se transformando em tragédias e comédias. Dioniso se tornou, assim, o deus do teatro.

Teatro Dioniso Atenas
Teatro de Dioniso, em Atenas

                Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a Dionisio.
                  O período entre os séculos 6 a.C. e 5 a.C. é conhecido como o "Século de Ouro". Foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu seu auge. Atenas tornou-se o centro dessas manifestações culturais e reuniu autores de toda a Grécia, cujos textos eram apresentados em festas de veneração a Dioniso.
             O teatro grego pode ser dividido em três partes: tragédia, comédia antiga e comédia nova.


A tragédia

                  Do grego "tragoidía" ("tragos" = bode e "oidé" = canto). Canto ao bode é uma manifestação ao deus Dioniso, que se transformava em bode para fugir da perseguição da deusa Hera. Em alguns rituais se sacrificavam esses animais em homenagem ao deus.
               A tragédia apresentava como principais características o terror e a piedade que despertava no público. Para os autores clássicos, era o mais nobre dos gêneros literários.
             Era constituída por cinco atos e, além dos atores, intervinha o coro, que manifestava a voz do bom senso, da harmonia, da moderação, face à exaltação dos protagonistas.
           Diferentemente do drama, na tragédia o herói sofre sem culpa. Ele teve o destino traçado e seu sofrimento é irrefutável. Por exemplo, Édipo nasce com o destino de matar o pai, Laio, e se casar com a mãe. É um dos exemplos de histórias da mitologia grega que serviram de base para o teatro.


Autores trágicos

Por se tratar de uma sociedade antiga, deve-se muito à arqueologia o resgate dessa memória. A partir de alguns registros, acredita-se que foram cerca de 150 os autores trágicos.

Os três tragediógrafos que conhecemos, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes escreveram cerca de 300 peças, das quais apenas 10% chegaram até nós.



Ésquilo (cerca de 525 a.C. a 456 a.C.)

Considerado o fundador do gênero, sete peças suas sobreviveram à destruição do tempo: "Os Persas", "Sete contra Tebas", "As Suplicantes", "Prometeu Acorrentado", "Agamêmnon", "Coéforas" e "Eumênides".


Sófocles (496 a.C. a 406 .a.C.)

Importante tragediógrafo, também trabalhava como ator. Entre suas peças estão a trilogia "Édipo Rei", "Édipo em Colona" e "Antígona".


Eurípides (485 a.C. a 406 a.C.)

Pouco se sabe sobre sua vida. Ainda assim, é dele o maior número de peças que chegaram até nós. São 18 no total, entre elas: "Medéia", "As Bacantes", "Heracles", "Electra", "Ifigênia em Áulis" e "Orestes".


A comédia antiga

A origem da comédia é a mesma da tragédia: as festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego "komoidía" ("komos" remete ao sentido de procissão).

Na
Grécia havia dois tipos de procissão que eram denominadas "komoi". Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. No segundo tipo, era celebrada a fertilidade da natureza.

Apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, a comédia era considerada um gênero literário menor. É que o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido entre as pessoas da platéia.


Também a temática diferia nos dois gêneros. A tragédia contava a história de deuses e heróis. A comédia falava de homens comuns.



Um gênero ligado à democracia

A encenação da comédia antiga era dividida em duas partes, com um intervalo. Na primeira, chamada "agón", prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro.

No intervalo, o coro retirava as máscaras e falava diretamente com o público para definir uma conclusão para a primeira parte. A seguir, vinha a segunda parte da comédia. Seu objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no "agón".


A comédia antiga, por fazer alusões jocosas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia. A rendição de Atenas na Guerra do Peloponeso, no ano de 404 a.C., levou consigo a democracia e, conseqüentemente, pôs fim a comédia antiga.



Aristófanes (447 a.C. a 385 a.C.)

Considerado o maior autor da comédia antiga, escreveu mais de 40 peças, das quais conhecemos apenas 11, entre elas: "Lisístrata", "As Vespas", "As Nuvens" e "Assembléia de Mulheres".


A comédia nova

Após a capitulação de Atenas frente a Esparta, surgiu a comédia nova, que se iniciou no fim do século 4 a.C. e durou até o começo do século 3 a.C. Essa última fase da dramaturgia grega exerceu profunda influência nos autores romanos, especialmente em Plauto e Terêncio.

A comédia nova e a comédia antiga possuem muitas diferenças. Na primeira, o coro já não é um elemento atuante, sua participação fica resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação, a política quase não é discutida. Seu tema são as relações humanas, como por exemplo, as intrigas amorosas.

Não existem mais as sátiras violentas. A comédia nova é mais realista e procura, utilizando uma linguagem bem comportada, estudar as emoções do ser humano.


Menandro (343 a.C. a 291 a.C.)

Principal comediógrafo dessa fase, mais de 100 peças suas chegaram recentemente até nós. Muitas conhecemos apenas por título ou por fragmentos citados por outros autores antigos, com exceção de "O Misantropo", uma de suas oito peças premiadas, cujo texto completo, preservado num papiro egípcio, foi encontrado e publicado em 1958.

Thursday, November 15, 2012

A Batalha Do Apocalipse - Da queda dos anjos ao Crepúsculo do mundo









 
                                                                          Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Armados com espadas místicas e coragem divina, Querubins leais a Jeová travaram uma sangrenta batalha contra o arcanjo São Miguel e os anjos que o seguiam.
                                                                           Deus, o Senhor Supremo de Todas as Coisas, continuava imerso no profundo sono que caíra após ter concluído o trabalho da Criação – o descanso do Sétimo Dia. Enquanto Ele permanecia ausente, os arcanjos ditavam as ordens, impondo seus desígnios no Céu e na Terra. Sentados no topo de seus tronos de luz, cada um deles almejava alcançar a divindade.
                                                                            Concentrando todo o poder debaixo de suas asas, os poderosos arcanjos, onipotentes e intocáveis, utilizavam a Palavra de Deus para fazer jus à sua própria vontade. Revoltados com o amor do Criador para com os seres humanos, e movidos por um ciúme intenso, decidiram ir contra as leis do Altíssimo e destruir todo homem que caminhava sobre a Terra, acabando assim com parte da Criação do Divino.
                                                                         Impulsionado por essa fúria, Miguel, o Príncipe dos Anjos, enviou à Haled diversas calamidades mas, como insetos persistentes, os mortais resistiram. Os tiranos alados desejavam um regresso à aurora dos tempos, quando só os animais povoavam o mundo. Eles nunca aceitariam venerar uma criatura feita do barro, uma vez que tinham sido gerados a partir do próprio esplendor e glória do Senhor.
                                                                         Decidido a eliminar de vez a humanidade, Miguel ordenou que os Ishim, a casta angélica que controla as forças da natureza, arquitetassem a Destruição Final. Submissos, eles derreteram as calotas polares e a Terra foi inundada por um volumoso dilúvio. Não obstante, os mortais novamente subsistiram.
                                                                      Diante de tanta morte e devastação, uma conjuração teve início. Em sua inocência política os líderes dessa conjuração foram traídos por outro arcanjo, Lúcifer, a Estrela da Manhã, único que conhecia o plano dos revoltosos para libertar o Paraíso da opressão a que era submetido. Quando o Arcanjo Sombrio denunciou as idéias revolucionárias, os rebeldes foram derrotados, expulsos do Céu, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o fim dos tempos. Enquanto a luz do Sétimo Dia brilhar, enquanto Deus continuar adormecido, os anjos renegados serão perseguidos e mortos pelos agentes celestiais.
                                                                   Com o poder e prestígio que conseguiu por ter delatado os insurgentes, Lúcifer arquitetou a sua própria revolução. Movido por interesses nem um pouco justos, o Arcanjo Sombrio pretendia tomar o principado de Miguel e ascender acima mesmo do Criador, coroando-se em Tsafon, o Monte da Congregação, e tornado-se assim igual a Deus. O Filho do Alvorecer não queria apenas vencer seu irmão, mas desejava tornar-se ele próprio Deus – subjugar não apenas o monarca, mas também Yahweh.
                                                                    Muitos anjos, revoltados com a política celeste, não conheciam as motivações egoístas de Lúcifer, e se juntaram a ele. Ao descobrir a traição, o Príncipe dos Anjos declarou nova guerra, e uma segunda batalha estalou. Por seus atos e ambições macabros, a Estrela da Manhã e seus seguidores foram lançados ao Sheol, um poço obscuro de trevas e sofrimento, um lugar terrível, um cárcere permanente. Lá, o Arcanjo Sombrio governa, e espera o momento certo para iniciar sua vingança. Hoje, os mortais conhecem essa dimensão pelo nome de Inferno.
                                                                    Muitos milênios se seguiram às duas guerras angélicas, e então os humanos reinventaram o período das grandes catástrofes, com suas próprias armas modernas.
                                                                    Na Fortaleza de Sion, a Roda do Tempo está prestes a terminar o seu giro. No alvorecer do milênio, a humanidade caminha lentamente para o Apocalipse. Em nível regional, a marginalidade, a violência e o crime organizado são mais fortes do que a polícia e o governo. A pobreza e a miséria são crescentes. No plano internacional, há guerras por todo o globo, pessoas matando umas às outras e conflitos onde os mais prejudicados são os membros da indefesa população civil. Milhares de crianças morrem a cada dia, vítimas do ódio e do orgulho de líderes sem rosto, que lutam em prol de ideais hipócritas e egoístas. Não há justiça. O mundo chora. As pessoas sofrem. A civilização dá os seus últimos gritos desesperados em busca da salvação. Mas é provável que ninguém mais a ouça.
                                                                      No Céu e no Inferno, o Armagedon marca o início de uma nova era. Quando o ciclo for completado, Deus despertará de seu sono e todas as sentenças serão revistas. O Tecido da Realidade cairá. Antigos inimigos se enfrentarão, e não haverá fronteiras entre as dimensões paralelas. E esse será o Dia do Ajuste de Contas.
                 O crepúsculo do Sétimo Dia se aproxima, e a noite cairá em breve.