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Sunday, June 24, 2012

Humanidade - Charles Chaplin

"Aos que me podem ouvir eu digo: `Não desespereis!' A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura dos homens que temem o avanço humano..."
Charles Chaplin - O Último Discurso 



 Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. 

Os seres humanos são assim. 

Desejamos viver para a felicidade do próximo - 

não para o seu infortúnio. 

Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? 

Neste mundo há espaço para todos. 

A terra, que é boa e rica, 

pode prover todas as nossas necessidades.



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 

A cobiça envenenou a alma do homem ...

 levantou no mundo as muralhas do ódio ... 

e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. 

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. 

A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. 

Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. 

Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. 

Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.

 Sem essas duas virtudes, 

a vida será de violência e tudo será perdido.



A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. 

Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. 

Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. 

E assim, enquanto morrem os homens, 

a liberdade nunca perecerá.



Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.



Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! 

No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! 

Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. 

O poder de criar felicidade! 

Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... 

de fazê-la uma aventura maravilhosa. 

Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... 

um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, 

que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.



É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. 

Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.



Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. 

Ergue os olhos!

Lira dos vinte Alvares de Azevedo





A lira dos 20 anos foi uma das mais importantes obras de Alvares de Azevedo

Ossian — o bardo é triste como a sombra
Que seus cantos povoa. O Lamartine
É monótono e belo como a noite, Como a lua no mar e o som das ondas... Mas pranteia uma eterna monodia, Tem na lira do gênio uma só corda, — Fibra de amor e Deus que um sopro agita! Se desmaia de amor... a Deus se volta, Se pranteia por Deus... de amor suspira. Basta de Shakespeare. Vem tu agora, Fantástico alemão, poeta ardente Que ilumina o clarão das gotas pálidas Do nobre Johannisberg! Nos teus romances Meu coração deleita-se... Contudo, Parece-me que vou perdendo o gosto, Vou ficando blasé: passeio os dias Pelo meu corredor, sem companheiro, Sem ler, nem poetar... Vivo fumando. Minha casa não tem menores névoas Que as deste céu d’inverno... Solitário Passo as noites aqui e os dias longos... Dei-me agora ao charuto em corpo e alma: Debalde ali de um canto um beijo implora, Como a beleza que o Sultão despreza, Meu cachimbo alemão abandonado! Não passeio a cavalo e não namoro, Odeio o lasquenet... Palavra d’honra! Se assim me continuam por dois meses Os diabos azuis nos frouxos membros, Dou na Praia Vermelha ou no Parnaso.
II
Enchi o meu salão de mil figuras. Aqui voa um cavalo no galope, Um roxo dominó as costas volta A um cavaleiro de alemães bigodes, Um preto beberrão sobre uma pipa, Aos grossos beiços a garrafa aperta... Ao longo das paredes se derramam Extintas inscrições de versos mortos, E mortos ao nascer!... Ali na alcova Em águas negras se levanta a ilha Romântica, sombria, à flor das ondas De um rio que se perde na floresta... — Um sonho de mancebo e de poeta, El-Dorado de amor que a mente cria, Como um Éden de noites deleitosas... Era ali que eu podia no silêncio Junto de um anjo... Além o romantismo! Borra adiante folgaz caricatura Com tinta de escrever e pó vermelho A gorda face, o volumoso abdômen, E a grossa penca do nariz purpúreo Do alegre vendilhão entre botelhas, Metido num tonel... Na minha cômoda Meio encetado o copo, inda verbera As águas d’oiro do Cognac ardente: Negreja ao pé narcótica botelha Que da essência de flores de laranja Guarda o licor que nectariza os nervos. Ali mistura-se o charuto havano Ao mesquinho cigarro e ao meu cachimbo... A mesa escura cambaleia ao peso Do titâneo Digesto, e ao lado dele Childe-Harold entreaberto... ou Lamartine Mostra que o romantismo se descuida E que a poesia sobrenada sempre Ao pesadelo clássico do estudo.
III
Reina a desordem pela sala antiga, Desce a teia de aranha as bambinelas À estante pulvurenta. A roupa, os livros Sobre as poucas cadeiras se confundem. Marca a folha do Faust um colarinho E Alfredo de Musset encobre, às vezes De Guerreiro, ou Valasco, um texto obscuro. Como outrora do mundo os elementos Pela treva jogando cambalhotas, Meu quarto, mundo em caos, espera um Fiat!
IV
Na minha sala três retratos pendem: Ali Victor Hugo. — Na larga fronte Erguidos luzem os cabelos louros, Como c’roa soberba. Homem sublime! O poeta de Deus e amores puros! Que sonhou Triboulet, Marion Delorme E Esmeralda — a Cigana... E diz a crônica Que foi aos tribunais parar um dia Por amar as mulheres dos amigos E adúlteros fazer romances vivos.
V
Aquele é Lamennais — o bardo santo, Cabeça de profeta, ungido crente, Alma de fogo na mundana argila Que as harpas de Sion vibrou na sombra, Pela noite do século chamando A Deus e à liberdade as loucas turbas. Por ele a George Sand morreu de amores, E dizem que... Defronte, aquele moço Pálido, pensativo, a fronte erguida, Olhar de Bonaparte em face austríaca, Foi do homem secular as esperanças: No berço imperial um céu de agosto Nos cantos de triunfo despertou-o... As águias de Wagram e de Marengo Abriam flamejando as longas asas Impregnadas do fumo dos combates Na púrpura dos Césares, guardando-o... E o gênio do futuro parecia Predestiná-lo à glória. A história dele?... Resta um crânio nas urnas do estrangeiro... Um loureiro sem flores nem sementes... E um passado de lágrimas... A terra Tremeu ao sepultar-se o Rei de Roma Pode o mundo chorar sua agonia E os louros de seu pai na fronte dele Infecundos depor... Estrela morta, Só pode o menestrel sagrar-te prantos!
VI
Junto a meu leito, com as mãos unidas, Olhos fitos no céu, cabelos soltos, Pálida sombra de mulher formosa Entre nuvens azuis pranteia orando. É um retrato talvez. Naquele seio Porventura sonhei douradas noites, Talvez sonhando desatei sorrindo Alguma vez nos ombros perfumados Esses cabelos negros e em delíquio Nos lábios dela suspirei tremendo, Foi-se a minha visão... E resta agora Aquele vaga sombra na parede — Fantasma de carvão e pó cerúleo! — Tão vaga, tão extinta e fumacenta Como de um sonho o recordar incerto.
VII
Em frente do meu leito, em negro quadro, A minha amante dorme. É uma estampa De bela adormecida. A rósea face Parece em visos de um amor lascivo De fogos vagabundos acender-se... E como a nívea mão recata o seio... Oh! quanta s vezes, ideal mimoso, Não encheste minh’alma de ventura, Quando louco, sedento e arquejante Meus tristes lábios imprimi ardentes No poento vidro que te guarda o sono!
VIII
O pobre leito meu, desfeito ainda, A febre aponta da noturna insônia. Aqui lânguido à noite debati-me Em vãos delírios anelando um beijo... E a donzela ideal nos róseos lábios, No doce berço do moreno seio Minha vida embalou estremecendo... Foram sonhos contudo! A minha vida Se esgota em ilusões. E quando a fada Que diviniza meu pensar ardente Um instante em seus braços me descansa E roça a medo em meus ardentes lábios Um beijo que de amor me turva os olhos... Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte... Um espírito negro me desperta, O encanto do meu sonho se evapora... E das nuvens de nácar da ventura Rolo tremendo à solidão da vida!
IX
Oh! ter vinte anos sem gozar de leve A ventura de uma alma de donzela! E sem na vida ter sentido nunca Na suave atração de um róseo corpo Meus olhos turvos se fechar de gozo! Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas Passam tantas visões sobre meu peito! Palor de febre meu semblante cobre, Bate meu coração com tanto fogo! Um doce nome os lábios meus suspiram, Um nome de mulher... e vejo lânguida No véu suave de amorosas sombras Seminua, abatida, a mão no seio, Perfumada visão romper a nuvem, Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras O alento fresco e leve como a vida Passar delicioso... Que delírios! Acordo palpitante... inda a procuro: Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas Banham meus olhos, e suspiro e gemo... Imploro uma ilusão... tudo é silêncio! Só o leito deserto, a sala muda! Amorosa visão, mulher dos sonhos, Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto! Nunca virás iluminar meu peito Com um raio de luz desses teus olhos?
X
Meu pobre leito! eu amo-te contudo!
Aqui levei sonhando noites belas; As longas horas olvidei libando Ardentes gotas de licor dourado, Esqueci-as no fumo, na leitura Das páginas lascivas do romance...
Meu leito juvenil, da minha vida És a página d’oiro. Em teu asilo Eu sonho-me poeta e sou ditoso... E a mente errante devaneia em mundos Que esmalta a fantasia! Oh! quantas vezes Do levante no sol entre odaliscas Momentos não passei que valem vidas! Quanta música ouvi que me encantava! Quantas virgens amei! que Margaridas, Que Elviras saudosas e Clarissas, Mais trêmulo que Faust, eu não beijava... Mais feliz que Don Juan e Lovelace Não apertei ao peito desmaiando!
Ó meus sonhos de amor e mocidade, Porque ser tão formosos, se devíeis Me abandonar tão cedo... e eu acordava Arquejando a beijar meu travesseiro?
XI
Junto do leito meus poetas dormem — O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron Na mesa confundidos. Junto deles Meu velho candeeiro se espreguiça E parece pedir a formatura. Ó meu amigo, ó velador noturno, Tu não me abandonaste nas vigílias, Quer eu perdesse a noite sobre os livros, Quer, sentado no leito, pensativo Relesse as minhas cartas de namoro... Quero-te muito bem, ó meu comparsa Nas doudas cenas de meu drama obscuro! E num dia de spleen, vindo a pachorra, Hei de evocar-te dum poema heróico Na rima de Camões e de Ariosto, Como padrão às lâmpadas futuras! .............................................................................
XII
Aqui sobre esta mesa junto ao leito Em caixa negra dois retratos guardo: Não os profanem indiscretas vistas. Eu beijo-os cada noite: neste exílio Venero-os juntos e os prefiro unidos... — Meu pai e minha mãe! Se acaso um dia, Na minha solidão me acharem morto, Não os abra ninguém. Sobre meu peito Lancem-os em meu túmulo. Mais doce Será certo o dormir da noite negra Tendo no peito essas imagens puras.
XIII
Havia uma outra imagem que eu sonhava No meu peito, na vida e no sepulcro, Mas ela não o quis... rompeu a tela, Onde eu pintara meus dourados sonhos. Se posso no viver sonhar com ela, Essa trança beijar de seus cabelos E essas violetas inodoras, murchas, Nos lábios frios comprimir chorando, Não poderei na sepultura, ao menos, Sua imagem divina ter no peito.
XIV
Parece que chorei... Sinto na face Uma perdida lágrima rolando... Satã leve a tristeza! Olá, meu pagem, Derrama no meu copo as gotas últimas Dessa garrafa negra... Eia! bebamos! És o sangue do gênio, o puro néctar Que as almas de poeta diviniza, O condão que abre o mundo das magias! Vem, fogoso Cognac! É só contigo Que sinto-me viver. Inda palpito, Quando os eflúvios dessas gotas áureas Filtram no sangue meu correndo a vida, Vibram-me os nervos e as artérias queimam, Os meus olhos ardentes se escurecem E no cérebro passam delirosos Assomos de poesia... Dentre a sombra Vejo num leito d’ouro a imagem dela Palpitante, que dorme e que suspira, Que seus braços me estende...
Eu me esquecia: Faz-se noite; traz fogo e dois charutos E na mesa do estudo acende a lâmpada...

Sonhando por Álvares de Azevedo





Na praia deserta que a lua branqueia,
Que mimo! que rosa! que filha de Deus!
Tão pálida... ao vê-la meu ser devaneia,
Sufoco nos lábios os hálitos meus!
Não corras na areia,
Não corras assim!
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
 
A praia é tão longa! e a onda bravia
As roupas de gaza te molha de escuma...
De noite, aos serenos, a areia é tão fria...
Tão úmido o vento que os ares perfuma!
És tão doentia...
Não corras assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
 
A brisa teus negros cabelos soltou,
O orvalho da face te esfria o suor,
Teus seios palpitam — a brisa os roçou,
Beijou-os, suspira, desmaia de amor!
Teu pé tropeçou...
Não corras assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
 
E o pálido mimo da minha paixão
Num longo soluço tremeu e parou,
Sentou-se na praia, sozinha no chão,
A mão regelada no colo pousou!
Que tens, coração
Que tremes assim?
Cansaste, donzela?
Tem pena de mim!
 
Deitou-se na areia que a vaga molhou.
Imóvel e branca na praia dormia;
Mas nem os seus olhos o sono fechou
E nem o seu colo de neve tremia...
O seio gelou?...
Não durmas assim!
O pálida fria,
Tem pena de mim!
 
Dormia: — na fronte que níveo suar...
Que mão regelada no lânguido peito...
Não era mais alvo seu leito do mar,
Não era mais frio seu gélido leito!
Nem um ressonar...
Não durmas assim...
O pálida fria,
Tem pena de mim!
 
Aqui no meu peito vem antes sonhar
Nos longos suspiros do meu coração:
Eu quero em meus lábios teu seio aquentar,
Teu colo, essas faces, e a gélida mão...
Não durmas no mar!
Não durmas assim.
Estátua sem vida,
Tem pena de mim!
 
E a vaga crescia seu corpo banhando,
As cândidas formas movendo de leve!
E eu vi-a suave nas águas boiando
Com soltos cabelos nas roupas de neve!
Nas vagas sonhando
Não durmas assim...
Donzela, onde vais?
Tem pena de mim!
 
E a imagem da virgem nas águas do mar
Brilhava tão branca no límpido véu...
Nem mais transparente luzia o luar
No ambiente sem nuvens da noite do céu!
Nas águas do mar
Não durmas assim...
Não morras, donzela,
Espera por mim!

Divulgação dos mangás de um amigo

Feitos poe Jean Luíz

Volume Um


Volume Dois


 Volume 3
 volume 4

Volume 5



Volume 6

Volume sete


Volume 8


Amostra de seus feitos



















Tuesday, June 12, 2012

Não

                                         
                                              Terrível palavra é um non. Não tem direito nem avesso; por qualquer lado que a tomeis, sempre soa e diz o mesmo. Lede-o do princípio para o fim, ou do fim para o princípio, sempre é non. Quando a vara de Moisés converteu naquela serpente tão feroz, que fugia dela por que o não mordesse, disse-lhe Deus que a tomasse ao revés, e logo perdeu a figura, a ferocidade e a peçonha. O non não é assim: Por qualquer parte que tomeis, sempre é serpente, sempre morde sempre fere,sempre leva o veneno consigo. Mata a esperança, que o último remédio que deixou a natureza a todos os males. Não há corretivo que o modere nem arte que o abrande nem lisonja que o adoce.
                                             Por mais que enfeiteis um não, sempre amarga; por mais que o enfeiteis, sempre é feio; por mais que o doureis, sempre é de ferro. Em nenhuma solfa o podereis pôr que não seja mal soante, áspero e duro.
                                            Quereis saber qual é a dureza de um não? A mais dura coisa que tem a vida é chegar a pedir e, depois de chegar a pedir, ouvir um não. Vede o que será? A língua hebraica, que é a que mais naturalmente e declara a essência das coisas, chama, ao negar o que se pede, envergonhar a face. Assim disse Bersabé a Salomão:"Trago-vos, Senhor, uma petição: não me envergonhereis a face" (3Rs 2,16). E por que se chama envergonhar a face negar o que se pede? Porque dizer não a quem pede é dar-lhe uma bofetada com a língua, tão dura, tão áspera, tão injuriosa palavra é um não. Para a necessidade dura, para a honra afrontosa, e para o merecimento insofrível.
Padre Antônio Vieira (1608-1697)

MoNsTrO

Monstro


Você era a minha consciência
Tão sólido, agora você é como água
E começamos a nos afogar
Não que fôssemos afundar mais
Mas eu deixei o meu coração ir
Está em algum lugar lá no fundo
Mas eu vou encontrar um novo
E vou voltar com a esperança que você roubou


Eu vou impedir que o mundo
Vou impedir que o mundo vire um monstro
Nos comendo vivos
Você nunca se perguntou como sobrevivemos?
Bem, agora que você se foi, o mundo é nosso


Eu sou apenas humana
Tenho um esqueleto dentro de mim
Mas eu não sou a vilã
Apesar das coisas que você sempre fica dizendo
Me chame de traidora
Estou apenas recolhendo as suas vítimas
E elas estão ficando mais fortes
Eu ouço-as chamando


Eu vou impedir que o mundo
Vou impedir que o mundo vire um monstro
Nos comendo vivos
Você nunca se perguntou como sobrevivemos?
Bem, agora que você se foi, o mundo é nosso


Você pensou em soluções práticas
Mas gostava da tensão
E nem sempre sabia das respostas
Você vai perder a cabeça
Você vai perder a cabeça


Eu vou impedir que o mundo
Vou impedir que o mundo vire um monstro
Nos comendo vivos
Você nunca se perguntou como sobrevivemos?
Bem, agora que você se foi, o mundo


Eu vou impedir que o mundo
Vou impedir que o mundo vire um monstro
Nos comendo vivos
Você nunca se perguntou como sobrevivemos?
Bem, agora que você se foi, o mundo é nosso

Feliz dia dos Namorados!!!

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!


Para esse dia dos namorados eu preparei algo especial , são frases e poemas de pessoas famosasse não, Que de algumas forma querem expressar seus sentimentos pela pessoa que ama.
 O primeiro é de uma pessoa muito conhecida no mundo romantico!

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.
William Shakespeare

O proximo:

Dedução

Não acabarão nunca com o amor,

nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.
Vladimir Maiakóvski


Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
William Shakespeare

 Com muita emoção e comoção...


"O Amor...

É difícil para os indecisos.

É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"
Cecília Meireles

 Uma lista grande...

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda

 Para todos os gostos...

E a emoção do nosso amor
Não dá pra ser contida
A força desse amor
Não dá pra ser medida
Amar como eu te amo
Só uma vez na vida
Roberto Carlos

 Tem de tudo um pouco...

O amor sonha com a pureza
sexo precisa do pecado
o amor é sonho dos solteiros
sexo é sonho dos casados
Arnaldo Jabor

O mais popular...

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
.
Vinícius de Moraes

Porém com seu encanto...

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Carlos Drummond de Andrade

Pessoas que nunca ouvi mencionar...
 
...o melhor amor é aquele que acorda a alma
e nos faz querer mais,
que coloca fogo em nossos corações
e traz paz as nossas vidas,
foi isso que você fez comigo
e era isso que eu queria ter feito com você pra sempre...
(Diário de uma paixão)
Nicholas Sparks

Com carinha inocente, conquistamos um coração... 




Brasileiros que fazem História...

O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer
no dia em que se concretizam.
Eça de Queiroz


Tudo é amor.
Até o ódio, o qual julgas
ser a antítese do amor,
nada mais é senão o próprio amor
que adoeceu gravemente.
Francisco Cândido Xavier

Com um olhar sedutor e um sorriso marcante...


Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
por amor.
Clarice Lispector


Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação
Chico Buarque

 

Wednesday, June 6, 2012

(Angels) Within Temptation


Anjos

Anjo cintilante, eu acrediteiQue você era meu salvador quando eu mais precisavaCegada pela fé, eu não pude ouvirTodos os sussurros, os avisos tão claros
Eu vejo os anjos , eu os conduzirei até sua portaAgora não há como fugir, piedade nunca maisSem remorso porque eu ainda me lembroDo sorriso quando você me rasgou em pedaços
Você levou meu coraçãoMe enganou desde o começoVocê me mostrou os sonhosE eu desejei que eles se tornassem realidadeVocê quebrou a promessa e me fez perceberQue tudo não passava de mentira
Anjo cintilante, eu não pude verSuas intenções sombrias, seus sentimentos por mimAnjo caído, me conte o porque?Qual a razão da aflição em seus olhos?
Eu vejo os anjos , eu os conduzirei até sua portaAgora não há como fugir , piedade nunca maisSem remorso porque eu ainda me lembroDo sorriso quando você me rasgou em pedaços
Você levou meu coraçãoMe enganou desde o começoVocê me mostrou os sonhosE eu desejei que eles se tornassem realidadeVocê quebrou a promessa e me fez perceberQue tudo não passava de mentira
Poderia ter sido para sempreAgora nós chegamos ao fim
Esse mundo pode ter abandonado vocêIsso não justifica o porqueVocê poderia ter escolhido um outro caminho em sua vidaO sorriso quando você me rasgou em pedaços
Você levou meu coraçãoMe enganou desde o começoVocê me mostrou os sonhosE eu desejei que eles se tornassem realidadeVocê quebrou a promessa e me fez perceberQue tudo não passava de mentira
Poderia ter sido para sempreAgora nós chegamos ao fim.