Fique o amor onde está;
seu movimento nas equações marítimas
se inspire para que,
feito o mar, não se retire
de verdes áreas de seu vão lamento.
Seja o amor como a vaga ao vago
intento de ser colhida em mãos;
nela se mire e, fiel ao seu fulcro,
não admire as enganosas rotações do vento.
Como o centro de tudo,
não se afaste da razão de si mesmo,
e se contente em luzir para o lume que o ensolara.
Seja o amor como o tempo – não se gaste e,
se gasto, renasça,
noite clara que acolhe a treva,
e é clara novamente.
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