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Friday, February 8, 2013

Meu Amigo Triste

Do Amor e da Igualdade

Meu pobre amigo, bastaria saberes ser exatamente a Pobreza - que te causa tanta infelicidade - a coisa que mais revela a sabedoria da justiça e a compreensão da Vida, para te conformares com tua parte.
Repito: A sabedoria da justiça- aquela que o rico não procura por estar muio ocupado em acumular riqueza.
E repito também: a compreensão da Vida- pois o homem poderoso está muito mais preocupado em obter poder e glória, do que em manter-se no caminho reto da verdade.
Regozija-te então, meu pobre amigo, porque és a boca da justiça e o livro da vida. Contenta-te, pois a fonte da virtude para os que te dominam e o pilar da integridade daqueles que te guiam.
Se pudesses, ver meu triste amigo, que a desgraça que te derrotou em vida é a mesma força que ilumina teu coração e faz ascender tua alma do fosso do escárnio ao trono da admiração, ficarias contente com tua parte e a encararias com um benefício para instruir-te e tornar-te sábio.
Pois a vida é encadeamento formado de muitos elos diversos. A tristeza é um elo de ouro que liga  a submissão do presente ´prometida esperança do futuro.
É o amanhecer, entre o adormecimento e o despertar.
Meu amigo pobre, a pobreza entremostra a nobreza do espírito, enquanto a riqueza exige sua maldade. A tristeza suaviza os sentimentos, e a alegra cicatriza o coração ferido.Se a tristeza e a pobreza fossem abolidas, o espírio do homem seria como uma lápide vazia sem nada escrito, exceto os sinais do egoismo e da avareza.
Lembra-te de que a Divindade é a parte verdadeira do homem. Não pode ser vendida a peso de ouro, nem pode ser empilhada como são as riquezas do mundo de hoje. O rico atirou fora sua Divindade e apegou-se ao seu ouro. E os jovens de hoje esqueceram-se de seu Deus e buscam auto-absolvição e prazer.
Meu querido amigo pobre; o tempo que passa com tua esposa e teus filhos, quando do campo para casa, é o instante sagrado para todas as familias humanas que estão por vir; é o símbolo da felicidade que será o quinhão de todas as gerações vindouras.
Mas a vida que o rico malbarata empilhando ouro é, na verdade, como a vida dos vermes nas tumbas. É um sinal de medo.
As lágrimas que derramas, meu triste amigo, tem mais pureza que a gargalhada daquele que procura esquecer, e contem uma doçura que não há na ironia do sardônio. Essas  lágrimas limpam o coração da morbidez do ódio, e ensinam o homem a participar da dor dos desconsolados. Elas são as lágrimas do Nazareno.
A solidez que semeares para o rico será recompensada em tempos vindouros, pois toda as coisas retornam á sua fonte, de acordo com a Lei Da Natureza.
E a triteza que nasceu e, ti tornar-se e, alegria pela vontade do Céu.
E as gerações vindouras aprenderão da Tristeza e da Pobreza uma lição de Amor e de Igualdade.

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